Petistas afirmam que Reforma da Previdência não salva a economia e prejudica o acesso à aposentadoria   

No quarto dia de debates do relatório final da Comissão Especial que analisa a Reforma da Previdência (PEC 06/19), vários deputados petistas afirmaram que é falso o discurso do governo Bolsonaro de que a medida é a solução para retomar o crescimento econômico do País. Durante os debates, os petistas criticaram a dificuldades que a reforma impõe aos trabalhadores para o acesso à aposentadoria.

A presidenta nacional do PT, deputada Gleisi Hoffmann (PR), afirmou que “é falacioso” o discurso de que é preciso aprovar a reforma para resolver a crise econômica do País. “É o mesmo discurso feito durante a Reforma Trabalhista, de que iria gerar empregos, que a economia iria melhorar e o que temos hoje são 14 milhões de desempregados, milhões no subemprego, e retirada de direitos com o trabalho intermitente, trabalho por hora, e o que foi vendido como solução, hoje envergonha o Brasil que entrou recentemente até na lista suja da OIT, por conta da precarização do mercado de trabalho no país”, disse.

Para o deputado Paulo Teixeira (PT-SP), o relatório do deputado Samuel Moreira (PSDB-SP) é mais um passo para desmontar o “Estado de bem-estar social instituído pela Constituição de 1988, ao dificultar o acesso à aposentadoria”. O parlamentar explicou ainda que graças às atuais regras de acesso à Previdência, a desigualdade social por faixa etária é justamente menor entre os idosos.

“Ela é menor na velhice, porque a Previdência é um fator de distribuição de renda. Agora o relatório dificulta acesso à aposentadoria ao aumentar o tempo de contribuição e instituir a idade mínima sem levar em conta que o mercado de trabalho é cruel com trabalhadores após os 50 anos de idade que não conseguem mais arrumar emprego com carteira assinada. Isso é impedir os brasileiros de se aposentarem”, criticou Teixeira.

Já o deputado Nelson Pelegrino (PT-BA) disse que na verdade a Reforma da Previdência é uma reforma fiscal que, se aprovada, vai agravar ao invés de resolver os problemas da crise econômica do País. “O relatório dá uma pista de qual é o caminho para enfrentar o problema fiscal ao aumentar a taxação do lucro dos bancos (de 15% para 20%). O andar de baixo não aguenta mais contribuir. O problema fiscal do País se resolve taxando o andar de cima, taxando lucros e dividendos, que geraria R$ 50 bilhões por ano, que resultaria em 10 anos, na metade do R$ 1 trilhão que o governo pretende economizar com essa reforma”, explicou.

A deputada Maria do Rosário (PT-RS) observou que falta ao governo Bolsonaro apresentação de medidas que realmente favoreçam o desenvolvimento econômico do País. “Vossas excelências conseguem identificar uma medida sequer tomada pelo governo Bolsonaro para gerar emprego, melhorar a renda ou a qualidade de vida do povo? É difícil, ou quase impossível, porque o governo Bolsonaro não tomou medidas para melhorar a economia brasileira, e o Paulo Guedes [ministro da Economia], no modelo ‘a la Pinochet’, quer apenas cortar direitos”, protestou.

Na mesma linha, a deputada Benedita da Silva (PT-RJ) e o deputado Zeca Dirceu (PT-PR) ressaltaram que serão os mais pobres que sofrerão as consequências, caso a Reforma da Previdência seja aprovada. “Essa reforma é um crime. O governo quer arrecadar R$ 1 trilhão às custas do suor do trabalhador com uma reforma que prejudica quem começa a trabalhar mais cedo, ao aumentar a idade mínima e o tempo de contribuição”, observou Benedita.

Para Zeca Dirceu, os trabalhadores com os menores salários serão os maiores prejudicados com a reforma. “Essa comissão caminha para cometer um grande erro, um erro cruel com esta nação que é aprovar a Reforma da Previdência que penaliza os brasileiros que vivem em dificuldade, que ganham em média 1,3 salário mínimo, que trabalham no comércio, na indústria, na agricultura, e com servidores públicos que em sua maioria ganham 1 ou 2 salários mínimos”, destacou.

Prejuízo para os municípios

O deputado Joseildo Ramos (PT-BA) lembrou que além dos prejuízos aos trabalhadores que esperam se aposentar, a Reforma da Previdência de Bolsonaro também afeta a economia dos municípios do interior do País.

“Esse dinheiro (das aposentadorias) promove o consumo nos municípios mais pobres, principalmente no Norte e Nordeste do País. O deslocamento dessa renda, tirando do consumo, vai prejudicar o dinamismo das economias locais. Temos que ter uma Reforma Tributária, instituir a progressividade dos impostos onde que tem mais pague mais”, defendeu.

Ao se dirigir aos parlamentares na Comissão, o deputado Célio Moura (PT-TO) afirmou que a reforma “é um saco de maldades” que nenhum parlamentar, mesmo os favoráveis à proposta, defenderam durante a campanha eleitoral. Ele lembrou que essa traição ao povo deve trazer consequências.

“Esta reforma é um saco de maldades e nenhum de nós saiu às ruas para pedir voto dizendo aos eleitores que iríamos acabar com a Previdência Social. A aprovação da Reforma Trabalhista eliminou 279 deputados da última legislatura que votaram favoráveis naquela reforma. O governo Bolsonaro diz que vai liberar R$ 40 milhões para quem votar a favor da reforma. Quem votar a favor vai ficar carimbado que recebeu esse dinheiro para votar contra o direito dos trabalhadores”, alertou.

 

Héber Carvalho

 

 

 

 

 

Está gostando do conteúdo? Compartilhe!

Postagens recentes

CADASTRE-SE PARA RECEBER MAIS INFORMAÇÕES DO PT NA CÂMARA

Veja Também

Jaya9

Mostbet

MCW

Jeetwin

Babu88

Nagad88

Betvisa

Marvelbet

Baji999

Jeetbuzz

Mostplay

Melbet

Betjili

Six6s

Krikya

Glory Casino

Betjee

Jita Ace

Crickex

Winbdt

PBC88

R777

Jitawin

Khela88

Bhaggo

jaya9

mcw

jeetwin

nagad88

betvisa

marvelbet

baji999

jeetbuzz

crickex

https://smoke.pl/wp-includes/depo10/

Depo 10 Bonus 10

Slot Bet 100

Depo 10 Bonus 10

Garansi Kekalahan 100