Novas denúncias complicam situação do governador tucano Marconi Perillo

A Operação Trem Pagador, da Polícia Federal, trouxe à tona novas irregularidades praticadas supostamente pelo governador de Goiás, Marconi Perillo (PSDB). O tucano, que ainda deve ao Congresso Nacional e ao País explicações sobre suas relações com o bicheiro Carlos Augusto Ramos, o Carlos Cachoeira, agora terá que esclarecer também seu “acordo” com o ex-presidente da empreiteira Valec, José Francisco das Neves, o Juquinha. Em um dos diálogos divulgados na última semana pela imprensa, Perillo promete “dar” a Juquinha a Secretaria das Cidades em troca de apoio político.

Segundo a imprensa, o governador tucano fez a oferta mesmo sabendo que Juquinha tinha sido afastado da Valec, no ano passado, em meio a denúncias de corrupção na construção da ferrovia Norte-Sul. A conversa entre os dois foi interceptada em 28 de junho deste ano.  No diálogo Perillo afirma que aquele assunto da secretaria estava resolvido. 

A Secretaria das Cidades  responde pelo Detran e outros órgãos com orçamentos expressivos.

Pelo acordo, evidenciado nas investigações da Polícia Federal,  Juquinha poderia indicar qualquer pessoa para ocupar uma das pastas mais importantes do governo de Goiás. As gravações mostram Juquinha concordando  e depois ambos começam a falar sobre a movimentação política de aliados com vistas às eleições municipais deste ano.

Inquérito – A proximidade de Perillo com o contraventor Carlos Cachoeira levou o Superior Tribunal de Justiça a autorizar, na última semana, a abertura de inquérito para apuração das relações entre ambos. O governador foi citado em telefonemas gravados durante investigações relacionadas à exploração ilícita de jogos de azar em Goiás.

O ministro Humberto Martins, do STJ, também determinou a realização de diligências pedidas pelo Ministério Público, como a relação dos contratos da empreiteira  Delta com o governo de Goiás. De acordo com o MPF, além da relação de proximidade entre Cachoeira e Perillo, há indícios de prática de possíveis infrações penais pelo governador tucano.

Segundo o MPF, Perillo seria não só conivente, como avalizaria negócios patrocinados por Cachoeira em favor de interesses da Delta Construções. A investigação correrá em segredo de justiça.

Delta – As relações “suspeitas” entre Cachoeira, Perillo e a Delta  podem levar à reconvocação de Perillo pela CPMI do Cachoeira.  Quando assumiu o governo, no ano passado, Perillo teria assumido com a Delta, por intermediação de Cachoeira, o compromisso de liberar créditos milionários da empreiteira. Suspeita-se de  pagamentos de propina.  O “compromisso” integra  relatórios da PF.  O “acordo” envolveria até a compra da casa do governador por Cachoeira, paga, segundo a PF, com recursos da Delta.

Na avaliação do deputado Cândido Vaccarezza (PT-SP), integrante da CPMI, o trabalho realizado até agora, pela comissão, já estabeleceu a conexão entre Marconi Perillo e o crime organizado.  “Está demonstrado que boa parte do governo de Goiás, em especial o Detran e a Secretaria de Obras, estava a serviço da rede criminosa liderada pelo contraventor Cachoeira. Não há mais dúvidas sobre o elo entre Cachoeira, Delta e Marconi”, afirmou Vaccarezza.

O pedido para que o governo tucano volte à CPMI do Cachoeira já foi protocolado e poderá ser apreciado nos próximos dias.

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