CPMI: Diretor da Veja pode ser convocado por grampo ilegal

drrosinhaejilmartatto-100812O deputado Dr. Rosinha (PT-PR) deve protocolar na segunda-feira (13) requerimento de convocação do diretor da sucursal e editor-chefe da revista Veja em Brasília, Policarpo Júnior, para prestar depoimento à CPMI do Cachoeira. O pedido tem como motivação novas revelações envolvendo o jornalista e o contraventor Carlos Cachoeira. Relatório da Polícia Federal, em poder do parlamentar, atesta que o diretor da Veja pediu ao contraventor que grampeasse um deputado federal.

“Não é possível que uma revista de circulação nacional não explique a relação que mantinha com um criminoso. Está claro que Cachoeira não era apenas uma fonte da revista. O Policarpo Jr. precisa explicar se fazia parte desse esquema ou se era usado por ele”, cobrou Dr. Rosinha. O parlamentar destacou ainda que, “por ser uma publicação de alcance nacional e formadora de opinião”, a revista Veja tem o dever de esclarecer o fato à sociedade.

O líder do PT na Câmara, Jilmar Tatto (SP), também defendeu nesta semana a convocação de Policarpo Júnior para prestar depoimento na CPMI do Cachoeira, já que aparece em vários episódios envolvendo a organização criminosa do contraventor. “É impressionante a capacidade que esse jornalista tem de estar em coisa enroscada. Eu não sei se ele está envolvido ou não, mas tudo que tem enrosco, grampo e arapongagem, ele está dentro. E paira uma dúvida, se é como jornalista ou membro do crime organizado”, disse o líder.

Diálogos – A revista Carta Capital deste fim de semana publica os diálogos entre Policarpo Júnior e Cachoeira, em que o jornalista pede ao contraventor que grampeie ligações telefônicas do deputado Jovair Arantes (PTB-GO). O trecho da conversa foi captado com autorização judicial pela Operação Monte Carlo, da Polícia Federal, no dia 26 de julho de 2011.

Segundo a Carta Capital, o objetivo do grampo solicitado pelo diretor da Veja era conseguir informações privilegiadas da relação entre Jovair Arantes e dirigentes da Conab (Companhia Nacional de Abastecimento). Para realizar a escuta ilegal, o Cachoeira destacou “Neguinho”, como é conhecido o delegado da PF Deuselino Valadares. O delegado foi preso durante a Operação Monte Carlo por ser considerado informante da quadrilha de Cachoeira.

Leia abaixo o diálogo:

Policarpo – É o seguinte, não, eu queria te pedir uma dica, você pode falar?

Carlinhos – Pode falar.

Policarpo – Como é que eu levanto aí umas ligações do Jovair Arantes, deputado?

Carlinhos – Vamos ver, uai. Pra quando, que dia?

Policarpo – De imediato, com a turma da Conab.

Carlinhos – O Neguinho.

Policarpo – Hã?

Carlinhos – Deixa eu ver com ele, o Neguinho, vou falar para ele te procurar aí.

Héber Carvalho

 

 

 

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