Ao cobrar a apreciação dos requerimentos, Collor afirmou que “Roberto Gurgel prevaricou ao não investigar o envolvimento do ex-senador Demóstenes Torres (cassado recentemente pelo plenário do senado) com a organização criminosa liderada por Cachoeira”. Ainda, de acordo com o senador alagoano, essa atitude “fortaleceu o grupo criminoso” que agora é objeto de investigação da CPMI. Sobre a convocação de Civita e Policarpo Júnior, Collor lembrou que os jornalistas também são parte “do núcleo da contravenção investigada pela CPMI”.
A convocação de Policarpo Júnior já havia sido defendida na semana passada pelo vice-presidente da CPMI, deputado Paulo Teixeira (PT-SP), em entrevista a agência Carta Maior. A defesa ocorreu após a mulher de Cachoeira, Andressa Mendonça, ser detida sob a acusação de tentar chantagear o juiz da 11ª Vara Federal de Goiânia, Alderico Rocha Santos, com base em dossiê supostamente produzido contra o magistrado pelo diretor da Veja. Na ocasião, Teixeira disse que “com esse acontecimento, está colocada a relação do jornalista com a organização criminosa”.
A tentativa de chantagem foi denunciada pelo juiz ao Ministério Público Federal (MPF), que pediu a prisão da mulher do contraventor. Andressa foi detida pela Polícia Federal e liberada após firmar compromisso de pagar fiança. A mulher de Cachoeira pagou R$ 100 mil para não ser presa.
Apoio– O líder da bancada do PT na Câmara, deputado Jilmar Tatto (SP), disse que o partido vai se reunir para decidir como vai atuar na apreciação desses requerimentos.
Héber Carvalho