Representantes das comissões de Educação e Cultura (CEC) e de Trabalho Administração e Serviço Público (CTASP) da Câmara, participaram de audiência hoje (1°), com a ministra do Planejamento, Orçamento e Gestão, Miriam Belchior, para discutir a greve dos docentes e dos técnico-administrativo das universidades e dos institutos federais.
Além dos presidentes da CEC e da CETASP, deputados Newton Lima (PT-SP) e Sebastião Bala Rocha (PDT-AP), respectivamente, participaram da reunião o secretário de Relações do Trabalho do Ministério do Planejamento, Sergio Mendonça, e os deputados petistas Antonio Carlos Biffi (PT-MS), Fátima Bezerra (PT-RN) e Reginaldo Lopes (PT-MG), além de parlamentares de outros partidos.
Os presidentes das comissões colocaram-se à disposição do governo para ajudar a superar o impasse e solicitaram à ministra que, a exemplo do que foi feito para com os professores, fosse apresentada uma proposta aos servidores técnico-administrativo a fim de que as atividades das instituições sejam retomadas o quanto antes. Os demais parlamentares manifestaram-se na mesma direção, sempre reforçando a ideia de que os dois segmentos da educação superior são complementares e igualmente fundamentais para a qualidade do trabalho na rede federal de ensino superior.
A ministra lembrou que as grandes reestruturações de carreira do serviço público já foram feitas no governo Lula e que todas tiveram aumento real de 30% a 250% no período.
Os parlamentares insistiram na necessidade de se tentar mais uma vez a construção de um acordo entre o governo, FASUBRA e SINASEFE, uma vez que os representantes sindicais mostraram-se abertos para encontrar um denominador comum. A ministra ficou de analisar essa possibilidade.
Segundo a deputada Fátima Bezerra, que coordena o Núcleo de Educação do PT, o único caminho para resolver o problema da greve é o diálogo, “mas o diálogo com proposta concreta, objetiva”, sugeriu.
O deputado Antonio Carlos Biffi disse que é extremamente necessário avançar na política de valorização salarial e profissional dos docentes e também dos técnicos administrativos em paralelo à política de expansão do ensino superior e da educação profissional que, há 10 anos, está em andamento no país.
(AP com Equipe PT na Camara)