Na véspera do STF (Supremo Tribunal Federal) começar o julgamento do chamado mensalão, um livro apresenta uma visão diferente da divulgada pela grande imprensa . Na terça-feira (31), os jornalistas Raimundo Rodrigues Pereira, Lia Imanishi e Antônio Carlos Queiroz lançaram em Brasília “A outra tese do mensalão”.
O livro rejeita a principal tese que caracteriza o mensalão: a de que o esquema foi montado pelo ex-chefe da Casa Civil, José Dirceu, para comprar apoio político de deputados no Congresso. Em artigo publicado pelo site Brasil 247, os editores Armando Sartori, Marcos Heleno Fernandes Montenegro, Sérgio Miranda, Raimundo Rodrigues Pereira e Roberto Davis explicam o argumento. Pare eles, o crime é uma criação política.
Desenvolvendo esse argumento, os editores atacam a mídia e a denúncia sustentada pelo procurador-geral da República Roberto Gurgel. A versão do livro é que a imprensa criou e sustentou a tese do mensalão a partir da polêmica entrevista que o então deputado federal Roberto Jefferson concedeu à Folha de S. Paulo em 2005, denunciando o esquema. O escândalo não passou de uma arrecadação de recursos para financiar campanhas. Isso, na prática, não justificaria uma ação penal.
O livro é uma publicação da Editora Manifesto.
