A TV brasileira considera que faz o que o povo gosta, diz Emiliano José

emiliano dest2“Polícia é polícia. Jornalista é jornalista. Os papéis não podem se misturar”.  Com esta declaração, o jornalista e deputado Emiliano José (PT-BA) resumiu a problemática relação entre imprensa e polícia no Brasil hoje. Convidado a participar do projeto Terças Culturais, promovido por um colégio de Salvador, Emiliano defendeu que o jornalista deve cumprir na sociedade um papel educativo, pautado na ética e na defesa dos direitos humanos.

O parlamentar criticou aquilo que considera o casamento entre policiais e jornalistas. “Há uma convivência entre estes dois campos que faz multiplicar estes quadros policialescos, onde a TV considera que faz o que o povo gosta”, disparou.

Como tema para as questões colocadas em xeque pelos estudantes, professores e debatedores presentes, entre eles o apresentador do programa Roda Baiana, André Simões e o filósofo e professor de história Ronald Carvalho, o chamado jornalismo popular, populista ou popularesco ganhou o centro das discussões. Como estabelecer limites para programas que exploram a violência, a marginalidade e o grotesco? Quais são os limites do trabalho jornalístico? Quais são os direitos da fonte, qualquer que seja ela? As discussões que surgiram recentemente como consequência de matéria jornalística de uma repórter, na Bahia, entrevistando e humilhando um jovem preso, acusado de ser um estuprador são sintomas de um grave problema.

“Insisto: polícia tem uma missão indispensável na sociedade, como o jornalismo, mas são atividades bastante diversas e não podem conviver como se fossem a mesma coisa, como tem ocorrido em tantos programas diários de televisão, que substituem antigos jornais, que se compraziam com a morte, com os assassinatos, com o sangue vertendo de suas páginas”, defendeu Emiliano em artigo publicado recentemente em um jornal baiano.

Para o parlamentar, o poder público está atento a este tipo de jornalismo que vem crescendo principalmente na televisão, onde, segundo ele, a visão racista, a raiva contra jovens negros e pobres, e a predominância do viés policialesco e sensacionalista são as linhas condutoras da produção jornalística. “Tenho profunda convicção de que este é um problema que precisa ser enfrentado e combatido. o Ministério Público, aliás, já se manifestou e fará uma audiência pública, convocando os vários atores envolvidos neste cenário. Creio que um TAC – Termo de Ajustamento de Conduta assinado por estas empresas de comunicação será um primeiro passo para darmos um basta neste tipo de programa”, sentenciou.

Assessoria Parlamentar

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