O vice-líder do governo na Câmara, deputado José Guimarães (PT-CE), comemorou nesta terça-feira (24) os dados positivos sobre a criação de empregos no primeiro semestre deste ano. De acordo com o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgado ontem (23), o Brasil criou no período 1.047.914 novos postos de trabalho formais.
Segundo o vice-líder do governo, a análise desse dado atesta a solidez da economia brasileira na atual conjuntura econômica mundial.
“No atual cenário de crise econômica que assola grande parte do mundo, mas principalmente os Estados Unidos, a Europa e até mesmo países emergentes, a criação de mais de um milhão de empregos no primeiro semestre é sinal de que o Brasil, já a partir do segundo semestre, deverá retomar o crescimento dos últimos anos. E isso virá acompanhado de forte expansão na geração de empregos”, afirmou Guimarães.
Ainda de acordo com José Guimarães, o governo da presidenta Dilma “tem feito todos os esforços nesse sentido”, e o próprio Banco Central já aponta esse caminho. Segundo ele, “apenas os agourentos de plantão não acreditam nessa hipótese, porque torcem para que a crise se instale definitivamente no país”, acusou o vice-líder.
Em discurso realizado ontem (23), no lançamento das novas cédulas de R$ 10 e R$ 20, o presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, afirmou que a expectativa de analistas do mercado é de que “no final de 2012 e início de 2013 o Brasil crescerá em torno de 4% em termos anualizados”. Ainda de acordo com esses analistas, segundo ele, essa taxa deve crescer acima de 4,5% no primeiro semestre de 2013, na comparação com igual período de 2012.
Fatores – Entre os principais fatores que devem influenciar a retomada do crescimento, Tombini destacou a renda e o emprego. “Esses fundamentos sólidos garantem a sustentação da demanda doméstica. A economia continua gerando empregos e ampliando a renda do trabalhador”, afirmou. Dados do BC indicam que a renda dos trabalhadores cresceu 3,2% nos últimos doze meses, entre outros fatores, em virtude da queda da inflação. Já a massa salarial real cresceu 5,1% no mesmo período.
Ações – O presidente do BC apontou ainda outras medidas adotadas pelo governo, “cujos efeitos ainda não se manifestaram plenamente”, mas que devem contribuir para acelerar o crescimento do País. Entre elas estão à redução da taxa básica de juros, e medidas de âmbito fiscal, como as iniciativas voltadas à desoneração do custo de produção e de estímulo ao investimento.
Héber Carvalho com agências