Medidas certas – Gilmar Machado fala sobre medidas adotadas pelo Brasil para combater crise

gilmar entrevistaEm artigo publicado no jornal O Globo, nesta segunda-feira (16), o deputado Gilmar Machado (PT-MG) elogia as medidas do governo federal para combater a crise econômica e evitar que o Brasil deixe de gerar empregos e distribuir renda. Leia a íntegra do artigo.

Medidas certas

Gilmar Machado*

Ao contrário do que proclamam algumas consultorias, o Brasil continua mantendo plenas condições de enfrentar a crise econômica, cujo epicentro está na Europa e nos EUA. O governo Dilma Rousseff, como fez o do ex-presidente Lula, toma as medidas corretas para fortalecer o mercado interno e preservar a geração de empregos e distribuição de renda. Continuam sendo tomadas providências para ampliar a produção e o consumo, tendo o mercado interno como motor do nosso crescimento, mas sem ignorar o incentivo às exportações e a ampliação da competitividade da indústria nacional, via políticas para enfrentar a questão cambial.

São medidas que vão desde a instituição de desonerações tributárias para as empresas em setores estratégicos, efetuadas no âmbito do Programa Brasil Maior, até as recentes ações adotadas para expandir o crédito, fruto da redução da taxa Selic e da utilização dos bancos públicos para baixar os spreads bancários. Esses estímulos contribuirão para ampliar o crescimento de forma significativa já no segundo semestre de 2012.

Igualmente importantes são as recentes medidas para estimular o consumo e o investimento, sobretudo para a aquisição de veículos e de bens de capital (máquinas e equipamentos). Incluem-se a redução de IOF nos financiamentos, redução do IPI dos veículos em até 7%, dependendo do modelo, aumento de prazos de financiamentos e corte de juros. Outro resultado esperado com essas medidas é a redução dos custos dos investimentos no país.

Para resistir à crise mundial, é preciso criar empregos, investindo em infraestrutura e atividades sociais. O exemplo brasileiro, bem como de outros países latino-americanos, segue na contramão do receituário neoliberal que Europa e EUA continuam seguindo para enfrentar a crise.

Na verdade, o que o FMI e Banco Central Europeu defendem são cortes e pesados ajustes que recaem sobre os trabalhadores, enquanto os detentores do grande capital continuam com todas as benesses. Essa fórmula já se mostrou falida no Brasil, durante o período FHC (1995-2002). Não se pode curar a doença matando o doente. O receituário neoliberal apenas espalha a descrença e a desesperança.

O Brasil está mais preparado do que nunca para não sofrer os efeitos do recrudescimento da presente crise internacional. As condições macroeconômicas são ainda mais sólidas do que em 2008, ano de início da crise. As reservas saíram da faixa de US$ 200 bilhões em 2008 para os atuais US$ 370 bilhões e nosso país agora tornou-se credor internacional. Não custa lembrar que no período do PSDB o mundo espirrava lá fora e o Brasil contraía uma pneumonia.

A superação da crise só foi possível com o rompimento da lógica neoliberal, com as políticas adotadas no primeiro governo Lula. Portanto, merece todo o apoio a decisão da presidente Dilma de continuar impulsionando o mercado interno, pois transmite segurança à população e mostra que o Brasil está no rumo certo. São medidas importantes, juntamente com a continuidade das políticas de desenvolvimento com distribuição de renda, superando históricas desigualdades sociais e regionais.

*GILMAR MACHADO é deputado federal (PT-MG) e vice-líder do governo no Congresso.

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