Conhecimento da Operação Condor pode ajudar Brasil a passar história a limpo, diz Dutra

 

dutraoperacaocondor040712O conhecimento mais detalhado sobre a Operação Condor, aliança político-militar entre os regimes ditatoriais da Argentina, Chile, Bolívia, Paraguai e Uruguai, entre as décadas de 60 e 80, pode ajudar o Brasil a “passar a limpo tudo o que foi feito de arbitrário, criminoso e ilegal, durante o período da ditadura no Continente”.

A afirmação é do presidente da Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara, deputado Domingos Dutra (PT-MA), que participou nesta quarta-feira (4), do Seminário Internacional sobre a Operação Condor, no auditório Nereu Ramos, na Câmara. “ Não podemos admitir a formação de um consórcio de assassinos que usando o manto de Estado prenderam, perseguiram, torturaram, mataram, esconderam os corpos e ficaram impunes. Temos que rever a Lei da Anistia (Lei 6.683/79) para punir os agentes do regime militar que torturaram presos políticos’, defendeu Dutra.

Durante o seminário, Jair Krischke, presidente do Movimento de Justiça e Direitos Humanos do Rio Grande do Sul e especialista sobre a Operação Condor, ressaltou o “atraso” do Brasil, em relação à matéria e a expectativa de que a Comissão da Verdade – instalada oficialmente em maio de 2012 – não “decepcione” o povo brasileiro. “A urgência é expressa. Espero que o Brasil possa avançar na consolidação do processo democrático com a Comissão da Verdade e que a Comissão Parlamentar Memória, Verdade e Justiça contribua para que isso aconteça”, destacou Krischke, que tem lutado para que a sociedade conheça os “meandros” da cooperação internacional da ditadura brasileira.

Participaram ainda do evento, o presidente da Comissão de Anistia do Ministério da Justiça; Paulo Abrão Pires Júnior; o Procurador Federal dos Direitos do Cidadão, Aurélio Virgílio Veiga Rios; o presidente da Fundação João Mangabeira, Carlos Siqueira de Barros, entre outros. O Seminário ocorre nestas quarta e quinta-feira (5) na Câmara e é promovido pela Comissão Parlamentar Memória, Verdade e Justiça ligada à Comissão de Direitos Humanos e Minorias. Os deputados do PT, Padre Ton (RO) e Amauri Teixeira (BA) também acompanharam o seminário.

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Ivana Figueiredo

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