Em reunião fora da agenda oficial, Jair Bolsonaro teve um encontro reservado com a diretora da CIA, Gina Haspel, na segunda-feira (18), em Washington.
Em princípio, o encontro foi mantido em segredo pelo Planalto, mas após o filho de Jair, o deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-RJ) dar spoiler, publicando foto da visita de Bolsonaro à agência de inteligência estadunidense nas redes, a assessoria presidencial confirmou a reunião, mas omitiu o nome de Gina Haspel.
A nomeação de Haspel para o cargo pelo presidente Donald Trump causou protestos, porque ela era responsável por prisões secretas da agência de inteligência americana, onde os interrogadores usavam sistematicamente a tortura como forma de extrair confissões de acusados de terrorismo.
Em 2013 ela foi afastada da direção do Serviço Nacional Clandestino da CIA por dúvidas sobre sua responsabilidade na criação no exterior de prisões secretas após o 11 de setembro de 2001 onde métodos como simulação de afogamento, assimilado à tortura, eram usados para interrogar suspeitos.
De acordo com o “Washington Post” na época, ela havia “dirigido uma prisão secreta na Tailândia, onde os detidos eram submetidos a simulações de afogamento e outros maus-tratos”.
O jornal americano afirmou que Gina Haspel também esteve envolvida na destruição em 2005 de vídeos comprometedores sobre essas técnicas de “interrogatório intensivo” aplicados a vários detidos na Tailândia.
Por Revista Fórum