Parlamentares da Bancada do PT na Câmara utilizaram suas redes sociais para se solidarizar com as famílias das vítimas da tragédia de Suzano (SP), ocorrida na manhã desta quarta-feira (13), quando dois jovens entraram na Escola Estadual Raul Brasil e abriram fogo contra alunos e funcionários, matando 8 pessoas antes de se suicidarem. O líder do PT, deputado Paulo Pimenta (RS), além de manifestar solidariedade, informou na sua conta no Twitter que a bancada vai sugerir à Presidência da Câmara a criação de uma comissão externa para acompanhar de perto a investigação do episódio.
“Toda solidariedade às vítimas da escola de Suzano. Tragédias como essa resultam do incentivo à violência e à liberação do uso de armas. O Brasil precisa de paz”, afirmou a presidenta do PT, deputada Gleisi Hoffmann (PR).
Na avaliação do deputado Henrique Fontana (PT-RS) a tragédia de Suzano é o resultado “da ode à violência que impulsionou o armamento como solução da segurança pública”. Ele disse ainda que a matança dos alunos e funcionários na escola em Suzano é o mais trágico exemplo que o fim do estatuto do desarmamento pode ocasionar em nossa sociedade.
Fontana citou que 71% dos homicídios no Brasil são causados por arma de fogo e frisou que o ocorrido na escola em Suzano reforça “nossa convicção que a política de Bolsonaro, que facilita o porte de armas pode ser um gatilho sem volta. “Precisamos armar a população com educação. Esse é o papel do Estado Brasileiro”, ensinou.
E a deputada Maria do Rosário (PT-RS) afirmou que esse “terrível atentado na escola em São Paulo é um dos resultados do ódio que vem sendo estimulado no Brasil”. Ela acrescentou que mais armas geram mais violência, e não menos mortes, como dizem os que defendem a liberação do acesso às armas. “Nós queremos paz. Minha solidariedade às famílias das vítimas”.
O deputado Alexandre Padilha (PT-SP) criticou a flexibilização ao acesso às armas e afirmou que uma população armada não é uma população segura, pelo contrário. “O que garante segurança é o compromisso do Estado em realizar políticas públicas efetivas e justas”.
Também na avaliação da deputada Luizianne Lins (PT-CE), quanto mais armas de fogo em circulação, mais violência e mais ódio haverá no País. “Estamos perdendo nossos jovens e crianças para a violência e a desesperança. Força à comunidade escolar. Que encontremos o caminho da paz”.
Incentivo ao ódio e ao uso de armas
O deputado José Ricardo (PT-AM) propôs um debate sobre desarmamento. “Não é com uma política de porte de armas, de acesso a armas que nós vamos solucionar os problemas do País. Pelo contrário, isso vai aumentar a violência”. Ele relembrou do gesto do presidente Bolsonaro, ainda candidato, ensinando a uma criança o gesto de uma arma. “Bolsonaro com certeza, é responsável por essa cultura de ódio que nós temos no Brasil, que suscita pessoas a fazerem gestos como esse, assassinatos, suicídios. Portanto, a política que nós queremos para a juventude é de inclusão, de oportunidades e não de armas e de morte como eles pregam”, defendeu.
O deputado Beto Faro (PT-PA) afirmou que este é o Brasil do Bolsonaro: “Incentivo ao ódio e ao uso de armas”. Ele acrescentou que o País precisa de paz. E o deputado Valmir Assunção (PT-BA) enfatizou que está convicto de que é preciso “rever, urgentemente, a política que facilita a posse de armas”.
O deputado Airton Faleiro (PT-PA) também considera urgente o debate sobre violência. “É preciso impedir novos ataques e preservar o direito à educação de qualidade e em segurança”. E o deputado Rui Falcão (PT-SP), alertou que “com a liberação da posse de armas, novas tragédias podem ocorrer”.
O deputado Nilto Tatto (PT-SP) considerou inadmissível que mesmo diante de tamanhas barbaridades insistam em liberar armas. Ele indagou o que leva as pessoas a fazerem isso? “A violência tem tomado conta no País inteiro, aí, acaba criando razões para que pessoas ouçam esse discurso de ódio e cometam uma barbaridade como essa que aconteceu em Suzano”, lamentou.
Para o deputado José Guimarães (PT-CE), esse clima de ódio e de violência instalado no País “é o responsável por tamanha tragédia humana”. E a deputada Marília Arraes (PT-PE) alertou que a flexibilização da posse de armas, “defendida e decretada pelo governo Bolsonaro, trará ainda mais riscos que episódios deste aconteçam!”
“Mais uma tragédia proveniente de armas de fogo no Brasil. Uma grande tristeza promovida pelo ódio aliado ao armamento”, lamentou o deputado Leonardo Monteiro (PT-MG). E a deputada Professora Rosa Neide (PT-MT) acrescentou que diante deste contexto de violência, “o governo Bolsonaro ainda propõe a liberação do porte de armas”.
O deputado Paulo Teixeira (PT-SP), além de manifestar solidariedade às famílias e comunidade escolar de Suzano, defendeu o “desarmamento já”.
Copiando o que os EUA tem de pior
O deputado Reginaldo Lopes (PT-MG) considerou que, no País em que muitos cultuam as armas e querem muito mais flexibilidade no acesso a elas, cenas como essas, infelizmente, deverão se multiplicar. “Atiradores invadem escola, atiram contra alunos e matam ao menos oito pessoas. É a cultura do ódio fazendo mais vítimas. É o Brasil copiando os EUA no que tem de pior!”.
A deputada Margarida Salomão (PT-MG) lamentou o “horror provocado pela absurda cultura de ódio incitada por certos políticos do País”. Ela disse ainda que o que antes só víamos nos noticiários dos EUA agora se repete aqui. “Para nossa profunda dor, armas representam morte, e não segurança”, enfatizou.
Para o deputado Jorge Solla (PT-BA), a tragédia é de chorar com muita dor no coração. “Os matadores eram adolescentes, tiveram acesso a armas e praticaram esse desatino, esse ato insano. Viraremos os EUA, com profusão de ataques como este, para perceber que facilitar acesso a armas mata mais inocentes?”, indagou.
Na avaliação do deputado Arlindo Chinaglia (PT-SP), o massacre na escola de Suzano demonstra mais uma vez de que “o poder público não garante a segurança das pessoas. E tentam transferir essa responsabilidade para as próprias vítimas defendendo que elas se armem!”.
Sedução por armas
A deputada Erika Kokay (PT-DF) ressaltou que nas redes sociais de um dos atiradores de Suzano identificou-se a sedução por armas. “O atirador chegou a curtir uma página ‘gosto de armas e não sou bandido’, ferindo qualquer tipo de lógica. “Quem mata inocentes numa escola é o quê?”, questionou. Erika disse ainda que o atentado em Suzano “é exemplo do tipo de tragédia que poderá se tornar comum no Brasil com a facilitação do acesso às armas pelo governo Bolsonaro”.
O deputado Zé Carlos (PT-MA) lamentou: “Enquanto o ódio é incentivado, inocentes pagam por isso. Armas servem apenas para matar, e a liberação desse instrumento ocasionará mais casos tristes como este”.
Para o deputado Rogério Correia (PT-MG), não é aconselhável fazer especulação política sobre o lamentável episódio em Suzano. “Mas é obrigatório repudiar a banalização da violência. Chega de pessoas ‘brincando de arminha’ nas ruas, com aplauso e incentivo de políticos”, enfatizou.
Na avaliação do deputado Zeca Dirceu (PT-PR), o Brasil não aguenta mais tanta violência. “Minha tristeza e solidariedade às vítimas e às famílias de Suzano. Precisamos de paz, de tolerância, não precisamos de mais ódio e de mais armas”.
Os deputados Assis Carvalho (PT-PI), Alencar Santana Braga (PT-SP), Enio Verri (PT-PR), Pedro Uczai (PT-SC), Padre João (PT-MG), Paulo Guedes (PT-MG), também se solidarizaram com os familiares das vítimas da tragédia e reafirmaram o compromisso contra a liberação das armas.
Vânia Rodrigues