Documento da Rio+20 aponta para adoção de fontes de energia sustentáveis

O documento final com as conclusões da  Rio+20, entre outros pontos, reconhece a importância do acesso a serviços energéticos modernos e sustentáveis para o desenvolvimento das nações, principalmente dos mais pobres. O texto divulgado também apoia a adoção de políticas de utilização de matrizes energéticas limpas, com ênfase no uso de fontes renováveis e de combustíveis de baixa emissão de carbono. Para os deputados Fernando Ferro (PT-PE) e Pedro Uczai (PT-SC), integrantes da Comitiva oficial da Câmara no evento, o Brasil já adota todas essas recomendações.

“Nosso país tem forte produção de energia a partir de fontes renováveis e sustentáveis de energia, responsáveis, em grande parte, pelas usinas hidrelétricas. Vale destacar ainda os avanços na produção de fontes alternativas, como a eólica e a biomassa”, afirma Ferro. O deputado lembra ainda que a Câmara pode contribuir ainda mais para consolidar esse modelo, se aprovar o Projeto de Lei 630/03. O texto institui um marco regulatório para a geração de energia renovável no país.     

Já o deputado Pedro Uczai destacou que o Brasil também inova na adoção novas fontes de energia para substituir o uso de combustível fóssil. “Produzimos grande quantidade de biocombustível a partir da cana-de-açúcar, como o etanol, e já produzimos energia a partir de dejetos de suínos, transformado em gás”, afirma. Ainda de acordo com o parlamentar, que coordenou as pesquisas para publicação do 10º Caderno de Estudos sobre Energias Renováveis do Conselho de Altos Estudos da Câmara, “essa estratégia já garante a criação de novos empregos, além de gerar renda para agricultores e criadores”.  

Dados– Segundo informações do Ministério de Minas e Energia, de 2011, cerca de 90% da geração de eletricidade e 45% do total da demanda energética brasileira são atendidas por fontes renováveis de energia. Esses números são superiores aos verificados na maior parte do mundo, onde a média é de 13%, em eletricidade, e inferior a 20%, em relação à matriz energética. O estudo aponta que esse resultado é possível porque o país baseia a geração de energia em hidrelétricas.    

Combustíveis- De acordo com a Agência Internacional de Energia (AIE), aproximadamente 87% de todo o combustível consumido no mundo é de origem fóssil, ou seja, não renovável. Aliada à preocupação de uma escassez futura, e a necessidade de preservação do meio ambiente, a entidade afirma que “há um crescente interesse pelo desenvolvimento de novos combustíveis”. Entre essas novas fontes, destacam-se no país a produção do bioetanol (bagaço da cana-de-açúcar) e do biodiesel (fabricado a partir do girassol, soja e mamona).

Héber Carvalho

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