No dia seguinte à injusta condenação de Lula no caso de Atibaia, uma multidão se juntou, nesta quinta-feira (7), na frente da Vigília Lula Livre, em Curitiba, onde o ex-presidente é mantido preso político, para se manifestar em defesa dele que é a maior liderança da história recente do Brasil.
“Querem naturalizar a prisão de Lula, mas não iremos deixar”, afirmou o ex-governador da Bahia e senador Jaques Wagner (PT-BA), durante o ato. Ele visitou o ex-presidente ao lado do senador Humberto Costa (PT-PE) e ambos afirmaram que Lula segue a cada dia mais determinado, forte e decidido, confiante de que a justiça ainda será feita.
Segundo Wagner, “a determinação dele é que a gente aqui fora continua essa batalha na defesa dele e do PT, porque as pessoas querem destruir o legado do PT. Agora vemos uma onda conservadora no mundo, mas as pessoas não vivem só desses valores, as pessoas vivem no dia a dia concreto e não me lembro de nenhum outro momento onde o concreto, emprego, prosperidade, tenha sido tão consistente quanto os oito anos de Lula”.
Ele criticou a sentença do caso relacionado ao sítio de Atibaia, apontando a incongruência entre a total falta de provas e mesmo de um crime identificado, com um sítio que valeria no máximo R$ 1 milhão, mas com uma multa de R$ 84 milhões.
“Lula está muito firme, ele é uma pessoa muito consciente de tudo que está acontecendo e do motivo pelo qual está preso. Ele espere que continuemos essa batalhe e supere esse momento”, relatou Wagner, acrescentando que o ex-presidente “tem consciência de que tudo isso foi para produzir uma eleição que foi similar ao impeachment da Dilma. As formalidades legais foram cumpridas, mas a legitimidade não existiu. Não houve crime da Dilma assim como o principal candidato foi interditado”.
Processo cheio de fragilidades
Humberto Costa destacou que Lula está “determinado, indignado, pela segunda vez que é condenado em um processo cheio de fragilidades, a pessoa que faz o julgamento diz que as razões para condená-lo são indeterminadas, não há demonstração de causa e efeito de qualquer benefício de qualquer ação”.
“Ele nem poderia ter qualquer ação porque estava há 4 anos fora da Presidência da República. Ele é uma pessoa otimista quanto ao Brasil, quanto ao povo brasileiro, e mais cedo ou mais tarde a justiça vai se fazer”.
Humberto afirmou que a luta pela inocência de Lula irá continuar e que ainda há esperança nos tribunais superiores. “A história já fez seu julgamento e sabe que Lula é inocente. Tudo que está acontecendo tem uma motivação política”.
O deputado Helder Salomão (PT-ES) também foi a Curitiba manifestar seu apoio e solidariedade ao ex-presidente Lula. “Mais uma vez Lula é condenado sem cometer crime. O ex-presidente é vítima de perseguição judiciária que viola seus direitos e rasga a Constituição para mantê-lo encarcerado”, lamentou. O deputado participou do ato público pela libertação do ex-presidente, na Vigília Lula Livre.
Nobel da Paz
Humberto Costa e Jaques Wagner ainda destacaram que o mundo reconhece não só a injustiça da prisão de Lula, como seu trabalho na promoção da paz. “O mundo inteiro reconhece o trabalho do Lula como pregador da Paz. Eu não conheço nenhum presidente na história do Brasil que tenha pacificado mais as relações no Brasil do que ele”, afirmou Wagner.
O senador baiano falou que o reconhecimento internacional é parte do motivo que gera ódio em opositores. “Mas só tem ódio quem não pensa, quem não tem argumentos vive de xingamentos”.
Wagner ainda lembrou que “existe uma grande articulação internacional dos conservadores para barrar o Lula de ganhar o Nobel da Paz. Tudo que puderem fazer para apagar a imagem de Lula, vão tentar fazer, mas vamos trabalhar para não deixar isso acontecer, ainda que seja quase impossível apagar quem foi Lula”.
Da Agência PT de notícias