CPMI do Cachoeira deve aprovar quebra de sigilo de Perillo, defende líder

jilmartatto2703BO líder do PT na Câmara, Jilmar Tatto (SP), informou nesta terça-feira (12) que o partido vai pedir a quebra dos sigilos bancário e fiscal do governador de Goiás, Marconi Perillo (PSDB). Para o líder, Perillo não conseguiu explicar suas relações com o bicheiro Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, e a venda de sua casa em um condomínio de Goiânia.

O tucano presta depoimento na Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do Cachoeira desde às 10h30 de hoje.

“Ele falou, falou, falou e não disse nada. Ele não explicou nada. Será muito importante quebrar os sigilos bancário e fiscal do governador”, disse Tatto.

De acordo com o governador de Goiás, a venda da casa foi no valor de R$ 1,4 milhão pagos em três cheques. No depoimento à CPMI, o tucano disse que não há contradições sobre o negócio feito no ano passado. Mas suas informações não batem com as do professor e empresário Walter Paulo Santiago, que comprou em 13 de julho de 2011, por meio de uma empresa com capital social de R$ 20 mil, a casa de Perillo, na qual o contraventor Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, foi preso no último dia 29 de fevereiro.

Na semana passada, na CPMI, Walter Paulo afirmou que pagou em dinheiro (R$ 1,4 milhão) pela casa. No final do depoimento, Walter Paulo assinou a autorização para a quebra de seus sigilos bancário, telefônico e fiscal.

Durante a reunião, o relator da CPMI, deputado Odair Cunha (PT-MG), perguntou se Perillo abriria mão voluntariamente de sigilo telefônico e de SMS, como fez o comprador de sua casa. “Governador vem aqui e diz que não sabe de nada, que não se lembra, que foi traído. Para mim, as respostas não estão claras”, afirmou o relator da CPI, deputado Odair Cunha.

Disse o relator que a versão de Perillo tem “começo, meio e fim”, mas que pagamento da casa foi feito com recursos de empresas laranja de Cachoeira e que o contraventor foi preso na casa. “Além disso, interceptações da PF mostram preocupações de Cachoeira tanto em relação à compra quanto à venda da casa. Há fatos relevantes que merecem investigação”, destacou Cunha.

Perillo, que sempre se vangloriou de ter se oferecido para depor na CPMI, esquivou-se ao tratar da quebra voluntária do sigilo fiscal, telefônico e bancário. Disse que já se explicou várias vezes sobre o assunto e que não vê justificativas plausíveis e fundamentação para quebra de sigilo. “De todo modo, essa decisão não me cabe. Vossas excelências é que devem tomar essa decisão, caso haja motivos suficientes”.

Equipe Informes, com agências

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