Política de redução do uso de agrotóxico pode ir à votação na próxima semana

Em reunião nesta terça-feira (13), a comissão especial que analisa o projeto de lei (PL 6670/16) que cria a Política Nacional de Redução de uso de Agrotóxicos (PNARA), adiou para a próxima semana a votação do relatório do deputado Nilto Tatto (PT-SP) que trata sobre o tema. Um pedido de vista postergou a votação do parecer. O relator aposta no diálogo para vencer as barreiras que ainda permeiam o debate sobre a transição de uma agricultura envenenada para um sistema saudável no Brasil.

“Quem sabe na quarta-feira [21] a gente chega a um acordo e avança para a aprovação desse relatório, na medida em que eu vejo que ele não tem nada de radical, e pelas falas dos deputados da bancada da Frente Parlamentar da Agropecuária, percebemos que não há grande divergência com o relatório. Então, é possível chegar a um consenso e construir uma boa política pensando no futuro da agricultura brasileira”, aposta Nilto Tatto.

O relator explicou que o texto apresentado trata de uma transição, de um ajustamento da agricultura brasileira com ações de curto, médio e longo prazo. “Não mudamos de uma hora para outra uma agricultura com muita dependência de agrotóxicos para uma agricultura sem agrotóxicos.  O projeto trabalha nessa perspectiva de você ir mudando com calma”, argumentou Tatto.

O parlamentar adiantou ainda que um dos itens questionados no relatório diz respeito à proposta que sugere a órgãos competentes brasileiros a reavaliarem o registro de agrotóxico cujo uso tenha sido proibido em dois países membros da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). “Não estamos colocando no projeto uma proibição automática desse agrotóxico aqui no Brasil. Estamos apenas alertando que se foi proibido em dois países, isso chama a atenção, portanto, os órgãos responsáveis devem reavaliar para entender porque aqueles países estão proibindo. Então, o nosso parecer não tem grande divergência e é possível fazer um bom diálogo com a bancada ruralista e trabalhar uma estratégia de aprovação”, espera o deputado.

De acordo com Nilto Tatto, o Brasil gasta muito recurso ao importar venenos utilizados na agricultura. O volume, segundo Tatto, chega a R$ 2,5 milhões que o país gasta só com importação de agrotóxicos. “O Brasil é o maior importador de agrotóxico. Isso é custo para a agricultura brasileira. No relatório, destinamos investimentos públicos para que o Brasil também faça pesquisa, desenvolva um conjunto de pequenas empresas que já produzem bioinseticida, a fim de gerar emprego e tecnologia no Brasil, para que futuramente o país não fique dependente dos agroquímicos importados e produzidos pelas transnacionais”, defendeu.

O relator esclareceu também que a proposta dialoga com a perspectiva do agronegócio quando se pensa em como o Brasil será no futuro muito mais autônomo para produzir alimentação sadia ao povo brasileiro ou garantir mercado no futuro – uma vez que esse mercado exige produto sem agroquímico e sem agrotóxicos.

Benildes Rodrigues

Veja o vídeo sobre a reunião do PNARA:

 

 

Está gostando do conteúdo? Compartilhe!

Postagens recentes

CADASTRE-SE PARA RECEBER MAIS INFORMAÇÕES DO PT NA CÂMARA

Veja Também

Jaya9

Mostbet

MCW

Jeetwin

Babu88

Nagad88

Betvisa

Marvelbet

Baji999

Jeetbuzz

Mostplay

Melbet

Betjili

Six6s

Krikya

Glory Casino

Betjee

Jita Ace

Crickex

Winbdt

PBC88

R777

Jitawin

Khela88

Bhaggo

jaya9

mcw

jeetwin

nagad88

betvisa

marvelbet

baji999

jeetbuzz

crickex

https://smoke.pl/wp-includes/depo10/

Depo 10 Bonus 10

Slot Bet 100

Depo 10 Bonus 10

Garansi Kekalahan 100