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De nada valeu o pedido da defesa de Demóstenes, que queria mais dez dias para apresentar uma contra-argumentação ao parecer de Humberto. O presidente do Conselho, senador Antônio Carlos Valadares (PSB-SE) considerou a medida “mera tentativa de procrastinação”. O advogado de Demóstenes, Antônio Carlos de Almeida Castro, o Kakay, acompanhou a sessão, mas não falou em defesa de seu cliente.
Na semana passada, durante a leitura do relatório de Humberto Costa, o advogado do senador goiano já havia pedido mais prazo para apresentar uma nova defesa. O senador Valadares chegou a conceder dez minutos para que o advogado da defesa pudesse se manifestar. Para sua surpresa, o defensor disse que estava despreparado para fazer nova argumentação porque o relator buscou outras fontes para apontar a relação entre Demóstenes Torres e o contraventor Cachoeira.
Kakay pediu, então mais dez dias para apresentar uma nova defesa, pedido que não foi aceito. O advogado insistiu e apresentou uma representação formal com as argumentações hoje rebatidas pelo relator e novamente rejeitadas pelo presidente do Conselho.
A data para esses e outros depoimentos e a votação de requerimentos devem ser definidas numa reunião administrativa do Conselho, que acontecerá nesta quarta (9) ou, no máximo, na quinta-feira (10). Humberto sugeriu que Cachoeira seja ouvido na quinta-feira da próxima semana (17) – dois dias após o depoimento do contraventor à CPMI.
A abertura do processo contra Demóstenes foi pedida por meio de uma representação do PSOL ao Conselho de Ética do Senado.
Liderança do PT no Senado