O líder do PT na Câmara, deputado Jilmar Tatto (SP), afirmou nesta segunda-feira (7) que a votação da proposta de emenda à constituição (PEC 438/01), mais conhecida como PEC do Trabalho Escravo, é um marco para o partido e para o País. Bandeira histórica do Partido dos Trabalhadores, a proposta prevê o confisco de terras onde for constatado o uso de mão de obra em condições análogas à de escravidão.
A votação está prevista para a noite desta terça-feira (8). Segundo o líder, o parlamento tem o “dever de aprovar a PEC”, que tramita há 17 anos no Congresso.
“É uma vergonha que em pleno século XXI, com o Brasil crescendo do ponto de vista econômico, distribuindo renda, reduzindo a pobreza, e cada vez mais reconhecido internacionalmente, ainda tenhamos que conviver com denúncias de exploração de trabalho escravo. É preciso dar um basta a esta situação”, disse Jilmar Tatto.
Em resposta a alguns setores contrários à aprovação da PEC, por supostamente não definir exatamente o que é trabalho escravo, o líder do PT observou que este não é o pensamento da maioria do setor produtivo brasileiro. “Essa é uma pequena minoria atrasada, retrógrada e conservadora, que parou no tempo e não representa o setor produtivo e nem o agronegócio brasileiro”, afirmou Tatto.
Segundo o petista, a relação entre capital e trabalho deve estar baseada em um processo produtivo em que “os trabalhadores sejam remunerados com um salário justo e, ao mesmo tempo, tenham os direitos trabalhistas respeitados”.
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Héber Carvalho
