Vitória de François Hollande freia modelo neoliberal, avaliam petistas

franciscohollande070512François Hollande, do Partido Socialista, foi eleito neste domingo (6) presidente da República da França. Hollande derrotou Nicolas Sarkozy no segundo turno das eleições presidenciais. O candidato socialista obteve 51,67% dos votos válidos, com a apuração concluída – embora ainda sem incluir os resultados da votação no exterior. O atual presidente e candidato à reeleição, Sarkozy, obteve 48,33%.

            Depois de François Mitterrand, em 1981 e em 1988, François Hollande é o segundo presidente socialista da Quinta República francesa, fundada em 1958.

            O líder da bancada do PT na Câmara, deputado Jilmar Tatto (SP), afirmou que o resultado pode marcar uma inflexão na política e na economia da Europa, “castigada por uma prolongada crise econômica e por um predomínio de partidos de direita que insistem em aplicar políticas recessivas, que não dão conta de superar a crise da região e beneficiam o grande capital, em detrimento dos trabalhadores”.

            Na avaliação do deputado Dr. Rosinha (PT-PR), segundo vice-presidente brasileiro do Parlasul, a vitória de Hollande foi importante pela política de desenvolvimento por ele apresentada na campanha, que rompe com o modelo neoliberal. “François Hollande enfrentou e venceu o poder financeiro, a hegemonia europeia e o domínio do Fundo Monetário Internacional (FMI)”, enfatizou Dr. Rosinha.

            O petista acrescentou que foi uma vitória das ruas, “da população excluída”. E, continuou,“ basta ver a multidão que comemorava a vitória de François Hollande. Eram principalmente jovens, negros e migrantes”, citou.

            Para Dr. Rosinha, venceu a esperança de mudanças. “Agora o novo presidente terá que trabalhar para cumprir a sua política desenvolvimentista. Ele terá agora que buscar as condições necessárias para implantar o seu programa de governo”. Na opinião dos petistas, Hollande  deverá buscar aliados fora da Europa. O sucesso da sua gestão, acreditam, poderá vir de uma forte aliança com os países que estão em desenvolvimento, em especial com os Bric’s – Brasil, Rússia, Índia, China e  África do Sul. “É preciso também conseguir o apoio da Europa, mas de uma forma muito especial, ele precisará do apoio da população”, acrescentaram.

            Promessas  – O presidente eleito reforçou o compromisso com algumas de suas principais promessas durante a campanha: acesso aos serviços de saúde, igualdade, prioridade para a educação, além de mudanças ecológicas. “Precisamos liderar a Europa para o futuro”, declarou Hollande, que ainda prometeu amenizar as medidas impopulares de austeridade impostas pelo atual governo para conter os efeitos da crise econômica.

             Equipe Informes

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