Depois de François Mitterrand, em 1981 e em 1988, François Hollande é o segundo presidente socialista da Quinta República francesa, fundada em 1958.
O líder da bancada do PT na Câmara, deputado Jilmar Tatto (SP), afirmou que o resultado pode marcar uma inflexão na política e na economia da Europa, “castigada por uma prolongada crise econômica e por um predomínio de partidos de direita que insistem em aplicar políticas recessivas, que não dão conta de superar a crise da região e beneficiam o grande capital, em detrimento dos trabalhadores”.
Na avaliação do deputado Dr. Rosinha (PT-PR), segundo vice-presidente brasileiro do Parlasul, a vitória de Hollande foi importante pela política de desenvolvimento por ele apresentada na campanha, que rompe com o modelo neoliberal. “François Hollande enfrentou e venceu o poder financeiro, a hegemonia europeia e o domínio do Fundo Monetário Internacional (FMI)”, enfatizou Dr. Rosinha.
O petista acrescentou que foi uma vitória das ruas, “da população excluída”. E, continuou,“ basta ver a multidão que comemorava a vitória de François Hollande. Eram principalmente jovens, negros e migrantes”, citou.
Para Dr. Rosinha, venceu a esperança de mudanças. “Agora o novo presidente terá que trabalhar para cumprir a sua política desenvolvimentista. Ele terá agora que buscar as condições necessárias para implantar o seu programa de governo”. Na opinião dos petistas, Hollande deverá buscar aliados fora da Europa. O sucesso da sua gestão, acreditam, poderá vir de uma forte aliança com os países que estão em desenvolvimento, em especial com os Bric’s – Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul. “É preciso também conseguir o apoio da Europa, mas de uma forma muito especial, ele precisará do apoio da população”, acrescentaram.
Promessas – O presidente eleito reforçou o compromisso com algumas de suas principais promessas durante a campanha: acesso aos serviços de saúde, igualdade, prioridade para a educação, além de mudanças ecológicas. “Precisamos liderar a Europa para o futuro”, declarou Hollande, que ainda prometeu amenizar as medidas impopulares de austeridade impostas pelo atual governo para conter os efeitos da crise econômica.
Equipe Informes