Manifestações pedem fim de trabalho degradante no Brasil

puty D2A Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara e a Frente Parlamentar Mista de Combate ao Trabalho Escravo prepararam um calendário de atividades para esta terça-feira (8), dia em que poderá ser votado o segundo turno da proposta de emenda à Constituição (PEC 438/01), a  chamada  PEC  do Trabalho Escravo. 

A partir de 8h, uma comissão estará recepcionando os parlamentares no aeroporto para convencê-los  a comparecer ao plenário e garantir o voto necessário para a aprovação da PEC do Trabalho Escravo. Às 9h, a Comissão de Direitos Humanos da Câmara realiza audiência pública no auditório Nereu Ramos para discutir os entraves e soluções para as questões  étnico-raciais no Brasil, com a presença da ministra da Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial, Luiza Bairros e outros expositores.

Às 11h, audiência pública solicitada pelo deputado Domingos Dutra (PT-MA), que preside o colegiado, será suspensa para que o presidente da Câmara, deputado Marco Maia (PT-RS) receba da ministra da Secretaria de Direitos Humanos, Maria do Rosário e de um grupo de artistas e militantes dos Direitos Humanos, um abaixo-assinado pelo fim do trabalho escravo.

Para  Domingos Dutra,  o maior desafio é conseguir um quórum  alto, com uma margem de segurança para alcançar os 308 votos necessários para aprovar a PEC do Trabalho Escravo.  O deputado ressaltou ainda que a  aprovação da  PEC é “pedagogicamente”  positiva porque as multas, os processos criminais e as autuações não têm sido suficientes para inibir o trabalho escravo.

A Câmara dos Deputados apresenta ainda  uma exposição sobre o Trabalho Escravo e atividades culturais. Nesta terça a partir de  11h será realizado um twitaço. As hashtags utilizadas são:#trabalhoescravo e #pec438. A informação é da assessoria de imprensa do presidente da CPI do Trabalho Escravo, deputado Cláudio Puty (PT-PA), que também atua na mobilização.

Workshop  – Nesta segunda-feira (7) jornalistas participaram do workshop “Trabalho Escravo: o papel da mídia no debate público”. O evento foi promovido CPI do Trabalho Escravo, presidida por Cláudio Puty.

Puty falou ainda sobre o cronograma de trabalho da CPI  instalada em março, na Câmara.  “Fizemos um resgate histórico sobre o tema e agora estamos mobilizados para a votação da PEC. Passada a votação, faremos  oitivas nos estados com os movimentos de combate ao trabalho escravo, principalmente nos estados  emissores de trabalhadores como Maranhão e receptores como o Pará,  além de São Paulo, já que o trabalho escravo se tornou um fenômeno urbano”, destacou o presidente da CPI. 

A comissão quer ouvir também os réus em processo de trabalho escravo e  trabalhadores libertos para  esclarecer os problemas  associados à fiscalização, à não punição e propor alternativas para  melhorar a legislação e erradicar o trabalho escravo no país.

Ivana Figueiredo

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