Dilma investe em redução de juros para estimular crescimento do País

berzoiniCCJA redução dos juros bancários no Brasil vai continuar acontecendo de forma progressiva. A afirmação é da presidenta Dilma Rousseff que, nos últimos dias, vem defendendo e adotando políticas para que o País tenha taxas compatíveis com sua posição no mundo. Primeiro foi a redução das taxas de juros cobradas nas operações de crédito pelos bancos oficiais, que incentivou também a queda das taxas nos bancos privados. Em seguida veio a redução do financiamento habitacional pela Caixa Econômica Federal e, a última investida  foi a mudança da  regra do rendimento das cadernetas de poupança para abrir caminho para que o Banco Central possa reduzir ainda mais a taxa básica de juros (Selic), que hoje está em 9 % ao ano.

“Não há razão para termos taxas de juros tão elevadas. O Banco Central tem reduzido a taxa básica de juros  nos últimos meses e essa queda tem que chegar ao consumidor, com a redução de taxas para empréstimos, cartões de crédito, cheque especial e crédito consignado”, afirmou Dilma Rousseff.

A presidenta argumentou que fica difícil o País justificar spreads bancários (diferença entre os juros pagos na captação de recursos e os juros cobrados nas operações de empréstimo) tão elevados com uma economia estável. “É inadmissível que o Brasil, que tem um dos sistemas financeiros mais sólidos e lucrativos, continue com taxas de  juros tão altas”, criticou.

Na avaliação do deputado Ricardo Berzoini (PT-SP), presidente da Comissão e Constituição e Justiça, a  presidenta Dilma acertou ao eleger o redução dos juros, tanto de bancos públicos como privados, como tema central  pois, embora técnico, esse é um tema essencialmente politico e mexe com o potencial de desenvolvimento do País. “Sem crédito de qualidade é difícil financiar o consumo de forma saudável”, argumentou.

Berzoini enfatizou que, por muitos anos os bancos concentraram riquezas cobrando “altas” taxas de juros e de tarifas de serviços. “Assim fica muito difícil distribuir renda. Os grandes bancos sempre foram o ralo da riqueza da população”, criticou.

Fiscalização – O deputado enfatizou ainda que a queda dos juros é uma luta em curso, que está apenas no começo. “E para que essa política dê o resultado esperado, o Estado precisa estabelecer mecanismos de fiscalização. É preciso um acompanhamento sistemático para que as instituições financeiras pratiquem, de fato, a redução real dos juros. Não podemos cair no conto do marketing que alguns bancos vão fazer”, alertou.

A política de redução de juros, na opinião do deputado Berzoini,  não pode ser seletiva, apenas para alguns clientes ou linhas de créditos. “As taxas menores de juros também não podem ficar condicionadas à contratação de pacotes de serviços como Previdência Complementar  ou seguros”, argumentou.

O consumidor, continuou Berzoini, deve negociar e “pesquisar, mas a relação sempre será muito desigual, o seu poder de barganha é limitado, uma vez que  ele recorre aos bancos quando já está muito endividado e necessitado do crédito”.  O papel de vigilante, segundo Berzoini, cabe ao Palácio do Planalto, Ministério da Fazenda e Banco Central.  “A Defesa do Consumir também deve estar atenta para denunciar as irregularidades e as enganações”, sugeriu.

Vânia Rodrigues, com agências

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