1º de Maio histórico: 50 mil pessoas pedem #LulaLivre e repudiam perda de direitos

O 1º de Maio de 2018, em Curitiba, passará para a história. Em solidariedade ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em defesa da sua liberdade e contra o desmonte dos direitos trabalhistas e sociais, setes centrais sindicais, partidos de esquerda e movimentos sociais  promoveram um inédito ato unificado com a participação de 50 mil pessoas.

No ato de Curitiba, a senadora Gleisi Hoffmann (PR), presidenta nacional do PT, destacou a importância de Lula para o País. “Lula é uma pessoa muito forte, tem visão do que representa e significa para esse País, sabe que grande parte do povo deposita nele suas esperanças. Ele tem a certeza de que vai sair de onde está mais forte e mais disposto para enfrentar o que acontece. E nenhum ato de intolerância ou de violência vai nos afastar do lado de Lula. Ele sairá de lá e sairá candidato à Presidência da República!”, enfatizou Gleisi.

Logo pela manhã, milhares de integrantes de caravanas que chegaram a Curitiba foram para a região da sede da Superintendência da Polícia Federal, onde Lula está mantido como preso político. Eles se somaram às pessoas acampadas na Vigília Democrática #LulaLivre para dar um efusivo “Bom Dia” a Lula.

À tarde, depois de uma caminhada de sete quilômetros entre o local da vigília e a Praça Santos Andrade, ocorreram as atividades organizadas pelas centrais sindicais. Lá, parlamentares do PT e líderes sindicais deram início ao ato em defesa da liberdade do ex-presidente Lula e contra o desmonte da soberania nacional e dos direitos trabalhistas comandado pelo golpista Michel Temer.

O líder do PT na Câmara, deputado Paulo Pimenta (RS), fez questão de reverenciar as sete centrais sindicais que se uniram para a realização do ato em Curitiba. “É um dia histórico para o Brasil e o mundo. As sete centrais sindicais aqui reunidas pela primeira vez desde a redemocratização. Todas unidas neste primeiro de maio. E o nome desta unidade é Lula.”

Direito – Pimenta lembrou que Lula se filiou ao sindicato dos metalúrgicos há 50 anos e que, em todo esse tempo, este seria o único 1º de Maio sem a presença do ex-presidente. E que tal ausência se devia à arbitrariedade do juiz Sergio Moro, que o condenou sem provas. “É a primeira vez que o Dia do Trabalhador não tem o ex-presidente Lula ao nosso lado no palanque. Mas ele pediu para que a gente se tornasse a voz dele e é isso que nós estamos fazendo”, afirmou Pimenta.

Pimenta ainda elogiou a Vigília #LulaLivre. “O presidente Lula fica esperando o nosso bom dia, boa tarde, boa noite. Ele vibra com cada companheiro e companheira que vêm aqui”, informou o líder do PT. “Este País só vai voltar a ter estabilidade quando existir eleições livres. Esta ‘Farsa Jato’ não me engana. Ela atende a muitos interesses, inclusive de fora do Brasil”, denunciou Pimenta.

Prisão política – A deputada Benedita da Silva (PT-RJ) reforçou a importância de se manter a mobilização e o povo nas ruas. “Trabalhadores e trabalhadoras se unem para pedir numa só voz: Lula Livre”. Benedita também lembrou os verdadeiros motivos que resultaram na prisão política de Lula. “Eles não concordam que existam partidos políticos de esquerda. Eles não concordam que um torneiro mecânico tenha governado este País com tanta dignidade. Hoje nos reunimos aqui não para trazer o nosso bom dia. Estamos sendo aquilo que ele pediu: sendo as suas vozes”.

O deputado Marco Maia (PT-RS) frisou que a grande importância do ato de 1º de Maio unificado “é a liberdade daquele que foi o maior presidente da história do País, que é Luiz Inácio Lula da Silva”. Maia disse que a elite brasileira pode esperar que o povo vai tirar Lula de Curitiba e levá-lo “para o Palácio do Planalto para ser novamente o presidente do Brasil”. “Vamos continuar a luta e resistência, porque eles mexeram com quem estava quieto”, completou.

Para o deputado Elvino Bohn Gass (PT-RS), só tem uma pessoa que pode tirar o Brasil desta situação: Lula. “O Brasil precisa voltar a ser soberano. Não podemos deixar que aconteça o desmonte que estão fazendo no País. Enquanto os fascistas atiram pedras, o povo carrega em suas mãos a esperança, e a esperança é Lula livre”.

O deputado Waldenor Pereira (PT-BA) acredita que não haja um cidadão ou cidadã do Brasil que não reconheça que a chegada de Lula à Presidência representou um novo limiar na história do País. “Com a ajuda dele, também derrubamos na Bahia o último dos coronéis do Brasil”, afirmou.

A deputada Margarida Salomão (PT-MG) lembrou o pedido do ex-presidente antes de se tornar preso político. “Estamos aqui como seus olhos, suas pernas, seus braços e temos uma boa notícia: Curitiba está pintada de vermelho. A coisa mais impressionante e comovente aqui nesta manhã é o amor de todos nós pelo presidente Lula”.

Democracia – Para o deputado Pedro Uczai (PT-SC), Lula é a síntese da vida e da história de todos que sonhavam com um País melhor. “Por isso, a liberdade de Lula é a sua liberdade, é a liberdade do seu filho, é a liberdade da democracia. Foi num primeiro de maio que nasceu o maior líder sindical e político que este Brasil já teve”.

O deputado Valmir Assunção (PT-BA) destacou que Lula é o maior líder do País e é claramente perseguido por Moro. “Por isso, nós só temos um caminho: lutar, lutar e lutar pelos nossos direitos e pela liberdade de Lula. A liberdade do ex-presidente significa unir a esquerda contra o projeto em curso, comandando por Temer, que tem acabado com o País”.

O deputado Luiz Sergio (PT-RJ) frisou a importância do ato de Curitiba. “Cada um que veio a Curitiba vai voltar para a sua cidade energizado. E espero que cada um leve a chama que vai se transformar numa grande fogueira que vai aquecer a luta por Lula livre. O povo brasileiro está gritando em alto e bom som que quer o ex-presidente como candidato nas eleições”.

Mundo – Em diversos países, houve também manifestações em defesa de Lula. Com a participação da presidenta Dilma Rousseff, o 1º de Maio na Argentina teve atos de rua por todo o país e um grande debate na Feira do Livro de Buenos Aires, um dos maiores eventos do mundo no setor da literatura.

Ao lado de parlamentares e lideranças sindicais e políticas e diante de uma enorme plateia, Dilma reafirmou que Lula é um preso político, mas garantiu que, preso ou em liberdade, ele será eleito o próximo presidente do Brasil. “Usaram a lei para violar a lei. Com Lula estão usando a Justiça do inimigo, é o sistema do lawfare”, disse a presidenta, que também teve um encontro com a ex-presidenta Cristina Kirchner, ela também vítima de perseguição judicial na Argentina.

Além de Buenos Aires, ocorreram atos com denúncia da prisão política de Lula em Nova Iorque, Londres, Lisboa, Paris, Berlim e Gotemburgo, entre outras cidades.

PT na Câmara

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