Com o fim da crise financeira o comércio se prepara para um Natal movimentado este ano. O pagamento do 13º salário e a maior oferta de crédito ao consumidor deverão injetar na economia, até dezembro, pelo menos R$ 140 bilhões, quase 20% a mais do que no ano passado. Com esta perspectiva as lojas já ampliaram em até 20% as encomendas de eletrodomésticos, eletrônicos e itens de informática, os preferidos dos consumidores nesta época do ano.
Para atender a demanda crescente, as indústrias da Zona Franca Manaus (AM), o principal pólo de produção de bens duráveis do País, vão contratar cerca de 3 mil trabalhadores temporários neste fim de ano. “No ano passado não tivemos contratações de temporários para o Natal, e aconteceram 7 mil demissões de trabalhadores efetivos nesta época”, afirmou o presidente do Centro das Indústrias do Estados do Amazonas, Maurício Loureiro.
Com a crise de crédito que estourou em setembro, o cenário no fim do ano passado era exatamente o inverso do atual, com demissões na indústria e reduções nas encomendas do varejo, lembrou Loureiro.
Para o deputado Francisco Praciano (PT-AM) o comércio está retomando a normalidade de natais anteriores. “O 13º salário sempre movimentou a economia. Isso não aconteceu no final de 2008 porque ninguém tinha certeza do tamanho nem da duração da crise. O crédito sumiu e muitos temiam perder os empregos”, citou Praciano. Ele acrescentou que as ações para reativar a economia, adotadas pelo Governo Lula foram eficientes. “O consumidor voltou a ter esperança e confiança. Os empregos foram mantidos e, com isso, eles vão comprar neste final do ano”, afirmou.
O reaquecimento da economia, na avaliação do deputado Eudes Xavier (PT-CE), é o resultado das medidas adotadas pelo Governo Lula para manter os empregos, ampliar o crédito, reduzir as taxas de juros e garantir a rede de proteção social. “Confiante com a perspectiva de ter mais dinheiro no bolso e com garantia de emprego, o brasileiro voltará a comprar neste final de ano”, ressaltou Xavier.
O deputado Fernando Nascimento (PT-PE) disse que o fim da crise deu segurança ao brasileiro para consumir. “A oferta de crédito, a redução dos juros e a manutenção dos empregos, principalmente em programas como Minha Casa Minha Vida, deixou o brasileiro confiante e ele vai utilizar o seu 13º em compras”, afirmou o deputado.
Confiança – O Índice de Confiança do Consumidor apurado pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) atingiu 111 pontos em agosto e praticamente voltou ao nível pré-crise. “A confiança do consumidor está se recuperando e o Natal deste ano será tão bom ou melhor que o de 2008. O Natal vai coroar a recuperação da indústria iniciada no segundo trimestre”, afirmou o coordenador das sondagens do consumidor e da indústria da FGV, Aloisio Campelo.
Vânia Rodrigues com Agências
