O deputado Edson Santos (PT-RJ) ocupou a Tribuna nesta terça-feira (13) para lembrar o dia 13 de maio, data em que a população negra se viu libertada do jugo da escravidão. De acordo com o parlamentar petista, o dia 13 de maio “simboliza não apenas a abolição formal da escravidão no Brasil, mas, principalmente, a luta pela construção da igualdade racial no país”.
A Abolição em 1888, acrescentou o deputado Edson Santos, trouxe uma vitória parcial. “Alijados de outros direitos fundamentais, os negros receberam uma liberdade sem asas. Um quadro que teve pouquíssimos avanços durante os 100 anos seguintes. Hoje ainda o movimento social se mobiliza para garantir melhores condições de inclusão e de qualidade de vida para a população negra, que se encontra na base da pirâmide social do nosso País”, frisou o petista.
O deputado disse ainda que a abolição da escravidão não foi acompanhada de medidas concretas de inclusão do negro e da negra nas atividades econômicas desenvolvidas no País, como o acesso à terra, à educação, e ao trabalho.
Edson Santos lembrou que nos últimos 11 anos, os governos do PT têm adotado medidas que caminham na direção de incluir a população negra. Entre as iniciativas, ele citou a questão das terras para as comunidades remanescentes de quilombo e as cotas para os estudantes negros nas universidades públicas. “Nos últimos anos avançamos mais do que nos 100 anos anteriores. Não foi por acaso que no Censo de 2011, pela primeira vez em nossa história, a maioria da população brasileira não se auto declarou de cor branca. O que indica a elevação da autoestima do povo brasileiro, em especial dos negros”.
Para o deputado Edson Santos, o Brasil está diante de uma nova fase na discussão da questão racial no Brasil. “Hoje, nosso desafio é o de materializar os direitos descritos na lei, como a aplicação de ações afirmativas na Educação, a exemplo das cotas raciais nas universidades; a maior inserção e mobilidade da população negra no mercado de trabalho; a reiteração da liberdade de culto para os seguidores das religiões de matrizes africanas e a garantia de proteção do Estado para as comunidades remanescentes de quilombos”.
Gizele Benitz