No segundo dia da Caravana Lula Livre pelo Sudeste com Fernando Haddad, um belo encontro com lideranças comunitárias do Rio de Janeiro abriu a agenda desta sexta-feira (10), coroada com a presença de milhares de pessoas durante o ato público em defesa das universidades na Cinelândia. Além de Fernando Haddad, as atividades contaram com a presença da presidenta do PT, deputada Gleisi Hoffmann (PR), da deputada Benedita da Silva (PT-RJ), e do deputado Marcelo Freixo (PSOL-RJ), entre outras lideranças políticas.
O ato realizado no centro da capital carioca reuniu muitos dos brasileiros e brasileiras que acreditam e querem um outro projeto para o Brasil. Entre eles, além dos já citados representantes de partidos políticos, estavam lideranças de diversos movimentos sociais, entidades sindicais e organizações de estudantes.
A iniciativa, por sinal, teve como uma das bandeiras a defesa permanente da educação pública do país, atacada por Bolsonaro com cortes no orçamento, e a manutenção da luta pela liberdade de Lula, preso injustamente há mais de um ano.
Haddad, com tem sido habitual, criticou os quase quatro meses de governo Bolsonaro. “Vocês sabem que o Bolsonaro tem problemas graves. Ele tem problemas filosóficos, sociológicos e psicológicos e nós temos que enfrentar. Ele vive num mundo paralelo e não sai do Twitter, não toma uma única medida positiva para o país”.
O ex-prefeito de São Paulo acrescentou qual seria o cenário ideal do país: Lula solto e na presidência e Bolsonaro respondendo por crimes que parece ter cometido e nem sequer é investigado, como o envolvimento no caso do Queiroz.
Haddad finalizou seu discurso ao comentar a declaração de Bolsonaro que haveria um ‘tsunami’ no governo: “Você (Bolsonaro) vai tomar um grande susto semana que vem. Eu não sei de qual tsunami você está falando, mas uma deles com certeza vai sair das ruas pela educação no Brasil.”
Encontro com lideranças no Rio
Na parte da tarde, durante a primeira agenda no Rio de Janeiro, lideranças de várias comunidades do Rio tiveram espaço para debate e comentaram sobre os principais assuntos que rondam o estado e o país. Eles manifestaram suas indignações, como a violência praticada pelo governador Wilson Witzel, a perda de direitos da população, a prisão política de Lula, o caso Marielle, os cortes na educação e a proposta de reforma da Previdência.
A deputada Benedita da Silva reforçou o objetivo da caravana: “Nós estamos numa caravana em que entendemos que Lula Livre significa que a gente possa também resgatar os direitos perdidos e a democracia nesse país. É preciso entender que nós estamos indo para o buraco. E reconhecemos no Lula uma liderança que provou que tinha sentimentos e responsabilidade com nosso povo e com nosso povo da favela. Lula Livre!”
Já Gleisi Hoffmann, comentou sobre a importância de visitar vários locais do Brasil e reconhecer as batalhas do povo: “Nós tivemos uma aula aqui hoje. Uma aula da luta do povo do Rio de Janeiro. A gente luta bastante no parlamento, mas nem de perto é a luta que vocês fazem no dia a dia aqui, as dores que vocês sentem, a repressão e o desrespeito. Eu acho que foi muito importante ouvir vocês aqui hoje, porque nós temos que estar onde o povo está.”
Haddad reiterou aos presentes um dos objetivos da Caravana Lula Livre: “A caravana quer discutir com o país a situação do presidente Lula em todos os estados do Brasil. Lula foi o primeiro presidente que tentou dar um tratamento abrangente para todas as mazelas históricas do país quase que simultaneamente. E quando você tem um presidente com inteligência e sensibilidade como o Lula, aí você tem mudanças para o melhor.”
O ex-ministro da Educação nos governos Lula e Dilma completou dizendo que Bolsonaro vai enfrentar grande oposição e que Jair não tem preparo nenhum para governar. Além disso, Haddad afirmou que em quatro meses Bolsonaro já teria que ter anunciado alguma coisa boa para o país. “Ele não tem projeto a não ser desconstruir o que foi construído. Ele não tem um anúncio positivo. Geralmente, em quatro meses já se tem muito pra anunciar sobre os propósitos do governo. Do lado negativo, foi o corte em todos os ministérios, a começar pelo maior de todos, o corte da educação.”
“Bolsonaro não sabe a encrenca que ele se meteu. Como eu disse ontem, enquanto ele não devolver cada centavo, os estudantes não vão parar de protestar. Onde quer que ele esteja, vai ter estudante lá para protestar. O governo Bolsonaro já teve enormes derrotas, mas a maior vai ser com a educação”, finalizou.
Confira a programação das próximas etapas da Caravana
Sábado – 11 de Maio
São Bernardo do Campo (SP)
18h: Encerramento da caravana no aniversário de 60 anos do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC (R. João Basso, 231 – São Bernardo do Campo)
Da Agência PT de Notícias