“Precisamos dialogar com o povo e dizer o que Lula está fazendo”, diz Márcio Macêdo

“Até um ano e seis meses não tínhamos nada de participação social, o povo estava fora de qualquer política pública", diz o ministro Foto: Reprodução/TvPT

A intensificação da narrativa de combate às fake e o fortalecimento da democracia, a retomada do diálogo com a população e movimentos organizados, o resgate da imagem do Brasil no exterior, o G20 Social e a volta dos programas sociais com foco no fim da fome foram os destaques da entrevista do ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência da República, Márcio Macêdo, no programa Café PT desta segunda-feira (10).

“Nunca se fez tanto em tão pouco tempo. Nesse um ano e cinco meses, o presidente Lula bateu recorde dos oito anos. Ele botou de pé todos os programas sociais de proteção à pessoa humana que tinham sido destruídos. Eu poderia passar o dia falando do Bolsa Família, do Minha Casa Minha Vida, do Mais Médicos, do Farmácia Popular, do Cisterna para Todos, enfim, temos um leque de programas que resgatam a dignidade do nosso povo”, destacou o ministro.

“Enquanto tiver um brasileiro com fome, nós vamos atrás para acabar com isso e o Brasil sair do Mapa da Fome novamente”, acrescentou, ao lembrar que, em um ano e cinco meses de governo, 24,5 milhões de pessoas saíram da condição de fome.

Além da volta dos programas sociais, Macedo afirmou que o presidente Lula resgatou o prestígio internacional do Brasil, o que trouxe resultados imediatos como, por exemplo, balança comercial positiva e aumento exponencial dos investimentos no país, principalmente na indústria automobilística.

“Precisamos nos apropriar dessas informações e fazer a disputa de narrativa, dialogar com o povo brasileiro e dizer o que o Lula está fazendo.  É fundamental combater as fake news, a desinformação e aqueles que não fizeram nada pelo Brasil. Eles usam as redes digitais para desconstruir as políticas públicas”, conclamou o ministro, ao fazer um relato da proeminência do presidente Lula no mundo.

Em todas as viagens para outros países, Macêdo acompanhou o presidente. Ele afirmou que é testemunha da liderança e da importância de Lula no cenário internacional. “O mundo está carente de líderes de massa e, como ele, são muito poucos hoje no planeta. Felizmente ele resgata esse prestígio do Brasil no exterior”, ressaltou.

Com o Novo PAC, o ministro avalia que Lula abriu um novo ciclo que significa dotar o país de uma estrutura para que possa continuar crescendo. “Saímos da posição de 12ª economia, que o governo anterior deixou, para a 8ª que já estamos agora”, assinalou, apontando para o importante processo de geração de emprego e renda que, entre outros avanços, faz de Lula “certamente o presidente que mais fez pelas brasileiras e brasileiros”.

Ministério reabriu canais de participação popular 

O trabalho de sua equipe à frente do Ministério da Secretaria-Geral da Presidência da República tem como um dos focos o resgate de todos os canais de participação social que foram obstruídos nos últimos seis anos, como as conferências que foram interditadas, e também a criação do Conselho Nacional de Participação Social, uma esfera de assessoramento do presidente da República.

“Reestruturamos também o Conselho de Segurança Alimentar (Consea) que tinha sido cassado no governo anterior. Temos um diálogo permanente com os movimentos sociais, eles têm feito as suas pautas de reivindicação e temos devolvido com um caderno de respostas. Temos tido uma relação muito aproximada e de diálogo com o movimento social organizado”, destacou Macêdo.

“Estou muito satisfeito com o trabalho, com os movimentos de diálogo sincero, transparente e objetivo, debatendo sobre essa nova quadra que o mundo vive, esse avanço da extrema direita no mundo e no Brasil. É necessário defender a democracia e o governo popular e democrático do presidente Lula”, insistiu o ministro, ao citar o Pacto pela Alfabetização, o resgate do Conselho Nacional de Juventude e os processos para lançar o Pacto da Juventude Brasileira.

 Governo bem-sucedido precisa de participação popular 

“Até um ano e seis meses não tínhamos nada de participação social, o povo estava fora de qualquer política pública. Agora colocamos de pé todos os equipamentos de participação social”, comemorou Macêdo, ao citar uma frase muito dita pelo presidente Lula: “Não existe governo bem-sucedido sem a participação do povo, sem incluir aqueles que são beneficiados ou atingidos pelas políticas públicas”.

O Planejamento Participativo, realizado em 2023, foi a maior experiência popular do mundo em escala, segundo o ministro Macêdo. “Fizemos o planejamento de um país continental de forma participativa, fomos em todos os estados da federação, tivemos 34 mil pessoas participando diretamente nas plenárias e mais de quatro milhões de pessoas que entraram na plataforma Brasil Participativo, que foi uma experiência extraordinária”, salientou.

“As conferências também estão sendo impulsionadas pela plataforma Brasil Participativo. Fazemos em parceria com os governos do estado, com as prefeituras, com os movimentos sociais organizados para que possa ampliar cada vez mais a participação do povo e fortalecer a democracia direta no nosso país”, disse Macêdo.

Sobre a relação do governo com os movimentos sociais, Macêdo declarou que não quer que sejam ‘correia de transmissão’ e nem que aparelhem o governo. “Queremos uma relação respeitosa e autônoma em que o governo faz as suas entregas e que os movimentos reivindicam. Estamos em trincheiras diferentes mas todos do mesmo lado da história, em defesa da democracia, da justiça social e das políticas públicas”, disse.

 RS tem ação sem precedentes do governo federal 

“Não tem precedentes na história do Brasil o que o governo Lula está fazendo no Rio Grande do Sul”, segundo o ministro, que vê uma ação muito forte com investimentos de mais de R$ 80 bilhões, além da criação do Ministério Extraordinário de Reconstrução do Rio Grande do Sul, com atuação destacada do ministro Paulo Pimenta.

Macêdo destacou as quatro vezes que o presidente Lula já esteve no RS e tantas outras que ele e outros ministros já estiveram. “São ações coordenadas e muito concretas para ajudar o RS a passar por essa situação. O governo federal ficou com a gestão dos donativos e vemos que a solidariedade do povo brasileiro é algo extraordinário, lindo, de emocionar a todos nós.  Foram doações do país inteiro, e os Correios foram fundamentais, a Defesa Civil do Rio Grande do Sul; as Forças Armadas têm cumprido um papel extraordinário”, ressaltou, ao informar que o governo federal criou o Conselho de Participação Social do Rio Grande do Sul para a sociedade participar do processo de reconstrução do estado.

Os movimentos sociais, com 270 cozinhas solidárias produzindo cinco mil refeições por dia, tiveram dificuldades pela falta de gás. “Nós (governo federal) conseguimos, em parceria com o Sindicato das Empresas de Gás, quantidade para suprir essas cozinhas por quatro meses, além de parcerias com o Ministério do Desenvolvimento Social e Conab”, afirmou Macêdo, relatando ações para garantir cesta básica para famílias de catadores de recicláveis e emprego.

“Estamos discutindo com o governo do estado e com as cidades para contratarem os catadores”, anunciou.

 G20 Social é genialidade de Lula, diz ministro 

Nesse momento em que o Brasil está presidindo o G20, “o presidente Lula tem duas trilhas”, a econômica e a geopolítica, disse o ministro. “Mas ele revoluciona porque criou uma terceira trilha que é o G20 Social”, pontuou.

O ministro ressaltou a genialidade do presidente Lula ao propor essa nova trilha, que envolve vários segmentos dos movimentos sociais organizados em múltiplos debates que culminarão com a cúpula social do G20, que antecederá a cúpula dos chefes de estado, de 13 a 15 de novembro, no Rio de Janeiro.

“Ao final haverá um documento em cima dos três eixos que o presidente Lula definiu, que são combate à fome, a nova governança mundial e o desenvolvimento sustentável e o enfrentamento da mudança. Vamos entregar ao presidente Lula para que ele possa entregar aos chefes de estado um documento que vai ajudar a nortear as políticas públicas no Brasil e nas economias mais potentes do mundo”, informou. Macêdo lembrou ainda do Plano Clima, uma iniciativa do Ministério do Meio Ambiente e uma “ação muito inovadora do presidente Lula”.

Para votar, basta acessar a plataforma e ver as propostas para a construção de um plano de combate às mudanças climáticas. “É só ir no Brasil Participativo e lá você pode optar por 10 propostas e também propor três iniciativas”, explicou. O Plano Clima é fundamental para que o Brasil se prepare até 2035 tanto para enfrentar as mudanças climáticas como as consequências delas.

Macedo comentou ainda sobre reunião recente com o secretário-geral da ONU, António Guterres, e representantes de vários países com o objetivo de incentivar o financiamento dos países ricos aos países em desenvolvimento, do Sul Global. O Brasil tem construído no ambiente do G20, o debate sobre a taxação das grandes fortunas. “Três mil pessoas detêm mais de US$ 15 trilhões, o que daria para alimentar mais de 340 milhões de famintos ao redor do mundo”, ressaltou Macêdo.

PTNacional

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