Protestos continuarão até que Bolsonaro caia, afirma presidente da CUT

Presidente da CUT - Sérgio Nobre - Foto - Roberto Parizotti

“Vamos continuar nas ruas para tirar este genocida”, disse o presidente Nacional da CUT, Sérgio Nobre, aos milhares de trabalhadores e trabalhadoras que enfrentaram os riscos da pandemia e foram à Avenida Paulista, em São Paulo, na tarde deste sábado (24), para exigir o impeachment do presidente da República porque ele é mais perigoso e mortal do que o novo coronavírus.

Sérgio Nobre também anunciou que servidores públicos municipais, estaduais e federais de todo o Brasil farão uma greve no dia 18 de Agosto, em defesa dos serviços e dos servidores públicos. “E esta greve não é só dos servidores, é de toda classe trabalhadora para este país mudar de rumo”, afirmou o dirigente.

De acordo com o presidente da CUT, os atos realizados neste sábado em 437 municípios do Brasil e centenas de cidades do exterior, que reuniram ao todo mais de 533 mil pessoas, são “um recado para todos de que o  país precisa mudar de rumo” e isso só será possível com a  destituição de Bolsonaro, responsável pelo caos em que se encontra a Nação, com vidas sendo perdidas por falta de enfrentamento à pandemia e vacinas para todos rapidamente, não no ritmo lento atual, para que mais crianças não fiquem orfãs no País.

“Não podemos permitir a naturalização de mais de meio milhão de companheiros e companheiras que perderam a vida na pandemia. Não podemos naturalizar as mais de 130 mil crianças que vão crescer órfãs porque perderam seus pais na pandemia”, afirmou Sérgio Nobre.

Além do fechamento de empresas, da retirada de direitos, privatizações e a destruição do serviço público, com a reforma Administrativa, Sérgio Nobre ainda citou o grave problema do desemprego, lembrando que um terço dos brasileiros ou está no desemprego ou está no desalento que, de acordo com o dirigente, é uma ‘enorme tragédia”, situação que ele reforça, não pode perdurar.

A manifestação em São Paulo é parte do #24JForaBolsonaro – quarto dia de mobilizações em todo o Brasil e cidades do exterior exigindo o fim do governo de Bolsonaro.

Protestos pelo País

De grandes passeatas e carreatas, atos com milhares de pessoas como os do Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Porto Alegre e Recife até atos mais simples, o Brasil registrou neste sábado (24), outra vez, a exemplo dos dias 29 de maio, 19 de junho e 3 de julho, o clamor popular por tempos melhores que, necessariamente, só virão com “Bolsonaro e sua turma” fora do poder.

Nas capitais as imagens mostraram desde as primeiras horas da manhã multidões exigindo o impeachment do presidente nas capitais e, no interior, atos simbólicos também expressaram a vontade do povo brasileiro.

Merece destaque mais uma vez a preocupação com a vida por parte dos manifestantes que, ao contrário do presidente, quando organização motociatas para se promover, sem o proteção sanitária defendida por médicos da Organização Mundial de Saúde (OMS), deram prioridade ao uso de máscaras, de álcool em gel , entre outros protocolos de segurança para evitar a disseminação do coronavírus.

Em vários lugares do País, o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL) foi cobrado pelo povo para que tome uma atitude de respeito aos eleitores brasileiros e paute ao menos um dos mais de 120 pedidos protocolados na Casa.

Motivos não faltam para protestar. O povo brasileiro protestou por ‘vacina já’ para todas e todos, auxílio emergencial de R$ 600 e contra a política genocida de Bolsonaro no enfrentamento a pandemia que já matou mais de 545 mil pessoas – pautas que vem mobilizando cada vez mais os brasileiros e que continuam sendo negligenciadas pelo governo do ‘capitão’.

Outras pautas que mobilizam a sociedade são as lutas contra a reforma Administrativa, contra privatizações, contra a alta da inflação e o aumento de preços de alimentos e combustíveis, a fome, a miséria e o desemprego que já atinge cerca de 15% dos brasileiros.

 

Do site da CUT

 

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