Petistas apoiam decisão do TSE em abrir investigação contra Bolsonaro

Foto: TSE/Divulgação

Os deputados petistas Paulo Pimenta (RS), Arlindo Chinaglia (SP), Paulão (AL) e Henrique Fontana (RS) discursaram na Câmara dos Deputados, nesta terça-feira (3), sobre a decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) em abrir uma investigação dos eventuais crimes cometidos pelo presidente Jair Bolsonaro e acerca do encaminhamento ao Supremo Tribunal Federal (STF) para que ele seja investigado no inquérito da propagação de Fake News.

“Esse cidadão envergonha o País. E, cada vez que as pesquisas mostram que o seu apoio está derretendo, mais falastrão, mais violento, mais sem sentido fica o seu discurso. Bolsonaro está abaixo da Constituição. Bolsonaro não controla o processo eleitoral no Brasil. Bolsonaro sabe que será derrotado na urna. E mais do que isso: pela quantidade de crimes que envolvem ele, a sua trajetória e a sua família, Bolsonaro sabe que o seu futuro é Bangu 8. Bolsonaro não só será afastado da vida política, não só entrará para a história pela porta dos fundos, não só estará no lixo da história, como também vai responder pelos crimes que cometeu”, apontou o deputado Paulo Pimenta.

Para ele, o silêncio das instituições diante do descaso de Bolsonaro na condução da pandemia da Covid-19, as relações com a milícia e o crime organizado, os atos organizados e financiados com o dinheiro público contra a democracia e contra a Constituição não podem ficar impunes. “O silêncio, neste momento, é sinônimo de cumplicidade. Bolsonaro é um criminoso, deve ser tratado como criminoso, deve responder pelos crimes que cometeu. E os seus aliados, junto com ele, devem responder no momento adequado pelo malefício que ele faz para a democracia e para o povo brasileiro”, disse Pimenta.

Para o deputado Arlindo Chinaglia, o TSE respondeu à altura às ameaças de Bolsonaro. “Depois de o presidente da República, mais uma vez, fazer ataques não só ao voto eletrônico, não só à urna eletrônica, mas também às pessoas, às figuras que o contrariam inclusive no Tribunal Superior Eleitoral, foi uma resposta à altura e mais que necessária”.

O deputado Paulão se solidarizou com os ataques que o STF, o TSE e o ministro do STF Luís Roberto Barroso vêm recebendo. “O ataque não é de ordem pessoal, o ataque é ao Estado Democrático por alguns que tentam fazer movimento no sentido de desqualificar a urna eletrônica. Ele mesmo que foi eleito através desse procedimento e nunca questionou. O que ele quer é o caos, o conflito. Então, portanto, deixo toda a solidariedade ao Poder Judiciário”.

Tentativa de Golpe

Arlindo Chinaglia disse ainda para Bolsonaro não arrumar pretexto a fim de fugir das eleições e tentar dar um golpe. “Não tente dar golpe, porque vai ter resistência do povo brasileiro. Neste sentido, o Poder Judiciário está cumprindo com o seu papel. O Congresso Nacional precisa também cumprir com o seu papel de defesa da democracia e lutar para que o povo brasileiro saia desse tamanho sofrimento. A vitória do adversário — e preferimos que seja o Lula — não é tramoia, não nos meçam pela sua régua, que tiraram o Lula em 2018, essa foi a fraude que o Bolsonaro deveria denunciar”.

Proteção as investigações

Também em discurso na Câmara, o deputado Henrique Fontana afirmou que a decisão protege as instituições brasileiras dos constantes ataques de Bolsonaro à democracia. “É preciso que as instituições reajam à altura e façam valer o respeito à Constituição e ao povo brasileiro. O presidente não pode ficar impune cometendo crimes, disseminando fake news e denunciando fraudes no sistema eleitoral sem apresentar uma única prova”, afirmou o parlamentar, vice-líder da oposição.

O deputado alertou, também, que o presidente tem feito uma verdadeira campanha presidencial antecipada em cima desta bandeira. O envio da notícia-crime para que se some ao inquérito do STF e a abertura de investigação interna no TSE são fundamentais para estabilizar a democracia, avaliou Fontana. “O TSE age em boa hora. O que falta agora é o presidente da Câmara, deputado Arthur Lira, abrir a investigação no Parlamento”, cobrou.

Lorena Vale com Assessoria de Comunicação

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