Benedita da Silva e Henrique Fontana acusam governo Bolsonaro de abandonar os mais pobres em plena pandemia

Reprodução: Brasil de Fato/ Leonardo de França

A deputada Benedita da Silva (PT-RJ) e o deputado Henrique Fontana (PT-RS) criticaram nesta segunda-feira (12) o governo Bolsonaro por deixar a população mais pobre do País desamparada em plena pandemia da Covid-19. A afirmação refere-se a reportagem da Folha de S. Paulo sobre o corte de 2 milhões de brasileiros do pagamento do auxílio emergencial. Segundo o jornal, a cobertura foi reduzida de 39,1 milhões em abril para 37,1 milhões de beneficiários em junho.

“O governo e seus aliados fazem de tudo para desamparar a população mais pobre! É o desgoverno da morte, seja de fome ou sem atendimento na pandemia”, protestou a deputada Benedita.

E o deputado Henrique Fontana enfatizou que o Brasil está atrasado na vacinação, com mais de 530 mil mortes por Covid, inflação e desemprego altíssimos. “Além de ataques à democracia, rachadinhas, passeios de moto e o povo voltando a passar fome e se alimentando mal. Eis o resumo do governo Bolsonaro!”, resumiu.

Auxílio emergencial reduzido

O governo Bolsonaro decidiu prorrogar o auxílio emergencial por mais três meses, porém, além do benefício ser menor (entre R$ 150 e R$ 375), está deixando cada vez mais pessoas de fora.

Segundo reportagem da Folha de S. Paulo, além dos 2 milhões que foram excluídos do benefício há registros de 400 mil brasileiros que estão sem receber tanto o auxílio emergencial quanto o Bolsa Família.  O Ministério da Cidadania afirmou que a redução geral se deve a um ajuste dos dados referentes ao critério que define quem pode participar do programa. A pasta informou que a Controladoria-Geral da União (GCU) recomendou bloqueio de pagamentos a quem não se encaixa nos critérios.

De acordo com o jornal, mais da metade dos excluídos, cerca de 1 milhão de pessoas, contestaram a retirada do programa. Porém, apenas 130 mil foram reincorporados ao benefício.

“Há uma lista de requisitos que o beneficiário precisa preencher. Mas, quando o pedido é negado, não fica claro qual foi o motivo para que a pessoa possa contestar”, explicou o jornalista Leonardo Caprara, que integra o canal Consulta Pública, dedicado a auxiliar pessoas a participarem do programa. “E, sobre as contestações, não há informações sobre o acompanhamento do processo nem se essas pessoas vão receber resposta”, completou Caprara.

Fome atinge 7,5 milhões

Os resultados do massacre social promovido por Bolsonaro e pelo ministro da Economia, Paulo Guedes, aprofundaram o quadro de insegurança alimentar de milhões de famílias. Segundo dados de um relatório da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO), elaborado em conjunto com outras agências da ONU, a fome praticamente dobrou nos últimos dois anos.

Entre 2018 e 2020, o número de brasileiros em situação de insegurança alimentar grave chegou a 7,5 milhões. Entre 2014 e 2016, o grupo de pessoas que passam um dia inteiro sem acesso a alimentos era de 3,9 milhões.

Em 2020, a FAO já havia detectado que o Brasil voltou ao Mapa da Fome das Nações Unidas. O País havia deixado de integrar o quadro da ONU em 2014, graças às ações contínuas de programas sociais dos governos Lula e Dilma, como o Bolsa Família. Segundo a ONU, o governo Bolsonaro foi o único da América do Sul que não forneceu dados sobre desnutrição relativos ao ano de 2020.

 

Héber Carvalho com PT Nacional

 

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