Ruralistas exigem retrocessos em agenda ambiental, acusa Nilto Tatto

O presidente da Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (CMADS), deputado Nilto Tatto (PT-SP), afirmou nesta terça-feira (6) que a bancada ruralista da Câmara é um grande entrave ao desenvolvimento sustentável do País. A afirmação aconteceu durante a abertura do seminário “O Direito de Escolha do Consumidor do futuro: Um debate sobre Energias Renováveis, Água, Reciclagem e Portabilidade da Conta de Luz”, promovido pelas Comissões de Meio Ambiente e de Defesa do Consumidor da Câmara.

“Nesse momento de crise econômica, política e ética no País, onde a agenda do mercado avança com as reformas Trabalhista e Previdenciária, as questões ambientais estão servindo como moeda de troca para a maioria conservadora no congresso – representada pela bancada ruralista, que em troca do apoio a essa agenda, exige a destruição da legislação ambiental”, denunciou.

O parlamentar disse ainda que a única saída para o País retomar a agenda do desenvolvimento sustentável – com o uso racional dos recursos naturais, incentivo às energias renováveis e tratamento dos resíduos sólidos – é aperfeiçoar a democracia com a escolha de um governante via eleições diretas.

“Só vamos segurar esses retrocessos se tivermos um governo legitimamente eleito pelo povo brasileiro, não há outra forma. Essa deve ser a nossa preocupação: deixar um desenvolvimento sustentável para a atual e as gerações futuras”, destacou.

Entre os principais retrocessos ambientais promovidos pelo governo Temer, Tatto denunciou a MP 759, que permite a devastação ambiental ao legalizar áreas griladas- de até 2,5 mil hectares- além de retirar exigências ambientais para a regularização fundiária.

 

Héber Carvalho

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