É preciso, em nome da democracia, acabar com a bizarrice que vem corrompendo a política brasileira, a partir dos movimentos cada vez mais extremos da direita. É preciso recuperar, com urgência, a dignidade, a ética e a seriedade do debate político.
O fascismo brasileiro vem produzindo uma horda de agentes virtuais, ditos “influencers”, sem qualquer escrúpulo e compromisso com a verdade e com a democracia. Uma gente que infantiliza a política e transforma o que deveria ser debate de propostas em espaço de “likes”, “memes”, fanfarronice, piadas grotescas, ataques toscos, infâmia e mentiras, uma enxurrada de mentiras que precisa ser debelada.
Não posso acreditar que um partido, acusado formalmente de relacionamento estreito com o tráfico de drogas e o crime organizado, se transforme em referência no maior estado do Brasil.
Que política é essa, feita de vazio, vazio e mais vazio?
Estamos juntos na luta por restabelecer a seriedade, a dignidade e a ética no debate político.
A liberdade de expressão é um bem precioso da sociedade e não pode ser confundida com incontinência verbal irresponsável.
É preciso, com a máxima urgência, criminalizar o banditismo das fake news e adotar medidas de proteção ao processo eleitoral e ao estado democrático de direito.
É preciso que a chamada grande imprensa assuma responsabilidades diante da proliferação desses atiradores ideológicos.
O 8 de janeiro de 2023 não surgiu do nada; foi um ovo chocado no dia a dia da ascensão fascista.
O combate ao fascismo e a defesa da Democracia são lutas cotidianas; não podemos perder isso de vista.
* Reimont é deputado federal (PT-RJ).
Artigo publicado originalmente no Brasil 247
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