Política de preços da Petrobras visa jogar opinião pública contra a empresa e justificar privatização, denuncia engenheiro

Foto: Site do PT

Redução de investimentos

Para Costa Pinto, professor do Instituto de Economia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (IE/UFRJ) e pesquisador do Instituto de Estudos Estratégicos de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (Ineep, ligado à Federação Única dos Petroleiros), a questão não se limita à política de preços da Petrobras. “A partir de 2016, a Petrobras passa a operar como se fosse uma empresa privada. Lógica gerencial, operacional. (…) É uma decisão da diretoria. Essa política permite que a Petrobras maximize seu lucro. E esse lucro vai para onde? Para a mão dos acionistas. Distribuiu 48 bilhões aos acionistas neste (primeiro) trimestre. À custa da redução de investimentos, mas à custa do consumidor, sim.” O Conselho de Administração aprovou pagamento de R$ 48,5 bilhões em dividendos aos acionistas.

Autossuficiente em petróleo, “uma busca que vem desde a década de 50”, a Petrobras tem assim muitos recursos que poderiam ser destinados para investimentos, mas acabam com acionistas, muito fora do país. E o desafio para mudar essa situação é grande. “A característica dos próximos cinco anos é que a Petrobras gere algo em torno de 1 trilhão E caixa livre, 589 bilhões”, diz Costa Pinto, fazendo uma ironia ao considerar os recursos em jogo, com recursos sendo disputados “a tapa”, como define. “Mudar hoje (a política de preços), que teoricamente seria uma coisa heterodoxa e tranquila, virou algo bolchevique.”

O conjunto de programas do Outras Palavras começou a ser veiculado em 26 de abril e terá ainda dois episódios, nas próxima terça e quarta (17 e 18).

Saiba mais, clicando no link abaixo:

Os caminhos para resgatar a Petrobrás

Redação PT na Câmara com Rede Brasil Atual

 

Está gostando do conteúdo? Compartilhe!

Postagens recentes

CADASTRE-SE PARA RECEBER MAIS INFORMAÇÕES DO PT NA CÂMARA

Veja Também