O secretário de Segurança Pública do estado de São Paulo, Fernando Grella Vieira, participa de audiência pública nesta terça-feira (28), na Câmara, para prestar esclarecimentos sobre a atuação do PCC (Primeiro Comando da Capital) no estado e sua ramificação nos demais estados brasileiros. Os deputados petistas Assis do Couto (PR), Cândido Vaccarezza (SP) e Nelson Pellegrino (BA), autores da proposta de audiência pública, na Comissão de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado, querem também explicações doo secretário do governo Geraldo Alckmin (PSDB) sobre o crescente índice de criminalidade no estado de São Paulo.
O deputado Nelson Pellegrino disse que foi um equívoco o governo de São Paulo não ter combatido o PCC logo no início da sua formação, na década de 1990. “Foi um erro. Eles deixaram essa organização criminosa, criada supostamente para defender os direitos de pessoas encarceradas, se fortalecer e hoje os maiores criminosos do Brasil comandam o crime dentro e fora dos presídios”, criticou.
Nelson Pellegrino disse que vai defender também que o governo de São Paulo aceite a parceria com o governo federal no combate ao crime organizado no estado. “É outro equívoco do governo do PSDB não aceitar essa parceria que funcionou tão bem no Rio de Janeiro. Por isso, vamos insistir nesta ação conjunto pela segurança da população de São Paulo”, afirmou.
O deputado Assis do Couto faz coro com o deputado Pellegrino na defesa de um combate mais efetivo ao PCC. “Esse não é um problema só do estado de São Paulo. O PCC comanda o crime organizado e espalha o terror e a violência em todo o País. Os estados de Santa Catarina e do Paraná foram alvos recentes desta organização criminosa”, citou.
Homicídios – Sobre o aumento da criminalidade no estado de São Paulo, os deputados petistas citam dados da própria Secretaria de Segurança do governo Alckmin. Pelas estatísticas, o número de homicídios dolosos – em que há intenção de matar – subiu 16,85% na capital paulista em janeiro de 2013, em comparação a janeiro de 2012. Ao todo, foram 416 casos de assassinatos contra 356 em janeiro do ano passado. O aumento do número de vítimas foi de 17,8% (de 386 para 455). Os latrocínios também subiram (61,9%), assim como os roubos (9,29%).
Agenda – A audiência pública será no plenário 6, às 10 h.
Vânia Rodrigues