Brasil está de joelhos diante das grandes empresas de petróleo, afirmam deputados

A situação do Brasil neste momento beira o caos, com a explosão dos preços dos combustíveis, incluindo o valor do diesel, que motiva a atual greve de caminhoneiros em quase todo o País. Foi o que denunciaram vários deputados petistas na tribuna da Câmara nesta quarta-feira (23). Eles criticaram a política desastrosa do ilegítimo Michel Temer, que fez a economia do País derreter, ajoelhando-se aos interesses do mercado, sobretudo aos das grandes empresas do petróleo e gás.

Os parlamentares criticaram essa subserviência que gerou a adoção de uma política nociva de preços dos combustíveis. “Estão com uma política suicida na Petrobras, reduzindo o refino das refinarias, reduzindo a produção das refinarias, importando gasolina e óleo diesel como nunca, impactando nos preços. Em apenas dois anos, o reajuste dos combustíveis chega a ser quase três vezes o que foi durante 14 anos nos Governos Lula e Dilma. É um absurdo”, criticou o deputado Jorge Solla (PT-BA).

Em plenário, o deputado Padre João Lula (PT-MG) comunicou aos demais parlamentares que a Comissão de Fiscalização Financeira e Controle da Câmara aprovou a vinda do ministro Moreira Franco, de Minas e Energia, ao colegiado para falar dos recorrentes aumentos no preço dos combustíveis. “Ele, o famoso ‘Angorá’, que foi peça-chave no golpe, vai explicar a essa comissão as altas, agora quase que diárias, do diesel e da gasolina. Em 17 dias, tivemos 11 aumentos!”, contabilizou.

O deputado Assis Carvalho Lula (PT-PI) lembrou que quando o golpe estava prestes a se consumar, em abril de 2016, o combustível custava R$ 2,80 reais. “Até hoje, já aumentou quase 100%. É um cinismo dizer que a inflação está baixando. Adulteram-se até as estatísticas sobre a inflação. No entanto, toda hora há aumento do combustível, o que fez com que os caminhoneiros estão parando este País”, denunciou.

Assis Carvalho conclamou a Câmara a tomar providências para evitar o agravamento dessa crise. “Não é possível o que está acontecendo. Esse governo que não foi eleito não tem condições de presidir o País. Acho que esse é o preço alto do golpe, quando o Parlamento rasgou 54 milhões de votos. Espero que, em outubro, os golpistas paguem alto pelo crime que praticaram contra a Constituição brasileira ao tirar uma presidente eleita e colocar esse criminoso para dirigir o País”, disse, referindo a Temer.

O deputado Angelim (PT-AC), ao falar da inoperância do governo federal para reverter a situação, criticou o fato de Temer escolher a via paliativa, que, além de não resolver o problema, provoca outros prejuízos. “Governo Federal, em parceria com o presidente da Câmara e o do Senado, zerou ontem a Cide sobre os combustíveis. Isso não resolveu o problema dos caminhoneiros e ainda retirou recursos substanciais dos estados e dos municípios”, avaliou.

A Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (Cide) é um tributo cobrado sobre os combustíveis desde maio de 2015. A alíquota é de R$ 0,10 por litro para a

gasolina, e R$ 0,05 por litro para o diesel. Não há cobrança para o etanol. A decisão do governo de zerar essa contribuição terá efeito reduzido para o consumidor, já que ela representa cerca de 2% do preço da gasolina e 1,5% do valor do diesel nas

bombas. No entanto, trará muitos prejuízos aos estados e municípios.

“Ano passado, foram transferidos 1 bilhão e 280 milhões de reais para os estados brasileiros e 418 milhões para os municípios. E o governo agora zera esses recursos para os estados e municípios, que já estão quebrados, passando por uma crise profunda. Isso torna governadores e prefeitos contrários a essa estapafúrdia ideia e desagrada aos caminhoneiros. É o Governo dando adeus com chapéu alheio”, avaliou Angelim.

O deputado Zé Geraldo Lula da Silva (PT-PA) lembrou que a situação atual do País é resultado de uma política energética desastrosa do governo Temer, que fez aumentar os combustíveis, inclusive o gás de cozinha. “No município de São Félix do Xingu, em regiões como Lindoeste, estão pagando R$ 120 em um botijão de gás de cozinha e R$ 5,20 num litro de gasolina. Daqui a pouco, essa gasolina vai para R$ 6, o óleo diesel vai para R$ 5 e o botijão de gás vai para R$ 150. Isto é um assalto”, avaliou.

O deputado Lula Marcon (PT-RS) também criticou a condução do governo ilegítimo na área dos combustíveis. “É uma política equivocada de Temer, pois reduziu drasticamente a carga do refino no Brasil. Com isso, o País passou a importar um grande volume de combustível refinado. Essa estratégica equivocada não só aumentou a gasolina para o consumidor, como prejudicou a balança comercial e reduziu a operação nas refinarias, colocando em risco milhares de empregos”, lamentou.

PT na Câmara

 

 

 

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