Padilha cobra informações do Ministério da Saúde sobre volta das torcidas aos estádios

Na última terça-feira (22), o Ministério da Saúde liberou, após estudo encaminhado pela Confederação Brasileira de Futebol (CBF), a volta de 30% dos torcedores aos estádios de futebol. O deputado Alexandre Padilha (PT-SP) solicitou informações sobre a liberação ao Ministério da Saúde, por meio do requerimento de informação (RIC 1239/2020).

Foto: Gustavo Sales/Ag.Câmara

O ex-ministro da Saúde que saber em que data o ministério recebeu o documento da CBF requerendo a liberação do público para assistir as partidas de futebol; quais as áreas técnicas da pasta que analisaram o documento enviado pela Confederação que pleiteou a liberação das torcidas; e quais notas técnicas foram produzidas. Além da resposta ao requerimento, Padilha solicita que sejam enviados o documento da CBF e dos pareceres das áreas técnicas do Ministério da Saúde que o analisaram.

“Que o Ministério da Saúde despreza vidas e tem repetidas vezes negligenciado ou tomado atitudes que estimulam a transmissão da Covid-19 nós já sabíamos. E nesse sentido a orientação feita a toque de caixa para que o futebol possa ter até 30% da torcida é mais uma demonstração disso”, criticou Alexandre Padilha. O que mais impressiona o ex-ministro é a ausência de qualquer debate técnico e de pactuação dos estados e municípios com o Ministério da Saúde, responsável pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

Para Padilha o anúncio feito pelo Ministério da Saúde mostra que a pasta está mais preocupada em estimular a volta das torcidas do que, por exemplo, cobrar das escolas os investimentos necessários de infraestrutura para uma retomada responsável das aulas. “O Ministério da Saúde até hoje não se posicionou sobre o que é necessário ser feito para retomada de forma responsável e segura das aulas, mas já se posicionou sobre o que é necessário ser feito para que futebol tenha 30% de torcidas”.

Fiscalização

O documento também questiona como o Ministério da Saúde irá monitorar e fiscalizar o cumprimento de protocolos estabelecidos a fim de que se evite novos focos de transmissão do vírus da Covid-19. E em caso de óbitos em decorrência da doença de profissionais do futebol ou de pessoas envolvidas na organização e realização de eventos esportivos, quais as medidas preventivas relacionadas à assistência social, psicológica e indenizatória foram tomadas pela pasta.

Lorena Vale

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