Novo auxílio do governo é insuficiente para garantir comida na mesa da população mais vulnerável

Insuficiente, minúsculo, cruel, covarde e desumano. Esses foram alguns dos adjetivos usados por vários parlamentares da Bancada do PT na Câmara para classificar o novo auxílio emergencial instituído pelo governo Bolsonaro, por meio da medida provisória (MP1039/2021). A proposta cria um benefício de quatro parcelas mensais com valor médio de R$ 250, que pode atingir no máximo R$ 375 para mulheres provedoras da família e apenas R$ 150 para pessoa que more sozinha (família unipessoal).

Pelo Twitter, vários deputados e deputadas do PT criticaram o valor determinado pelo governo Bolsonaro. Os parlamentares lembraram que o auxílio é menor do que o pago no ano passado, de R$ 600, valor esse defendido pela Bancada do PT também para este ano de 2021.

O líder da Minoria na Câmara, deputado José Guimarães (PT-CE), classificou o benefício como um “auxílio minúsculo”. O parlamentar revelou ainda que já apresentou uma emenda à MP propondo o aumento do valor do auxílio. “Queremos o valor original, de R$ 600. Não vamos aceitar a proposta humilhante do Bolsonaro, que oprime quem mais necessita com míseros valores de R$ 150,00 a R$ 375,00”, avisou.

Na avaliação do deputado Carlos Zarattini (PT-SP), diante da atual crise sanitária e econômica do País o valor proposto pelo governo Bolsonaro é insuficiente para a sobrevivência da população mais vulnerável. “Auxílio emergencial com valor menor, por menos tempo, beneficiando menos gente. Na hora em que aumenta a pandemia, aumentam as restrições ao trabalho e aumentam os preços dos alimentos e combustíveis! Só um governo genocida para propor isso!”, protestou.

O presidente da Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara, deputado Carlos Veras (PT-PE), também ressaltou que o auxílio não cobra as necessidades da população mais pobre e destacou que o Partido dos Trabalhadores vai continuar lutando no Congresso pelo auxílio de R$ 600. “R$ 250 por família. R$ 375 a mães que criam filhos sozinhos. R$ 150 à família de 1 pessoa. Por 4 meses durante a maior crise do país, que está longe de acabar. É a proposta de Bolsonaro a quem amarga sem emprego por não ter como trabalhar. Seguimos na luta. R$ 600 até o fim!”, afirmou.

Segundo a deputada Erika Kokay (PT-DF), o novo auxílio é uma crueldade porque não garante comida na mesa da população em um momento de desemprego e alta nos preços dos alimentos. “Crueldade. Auxílio emergencial de R$ 250, em média, significa fome e miséria. Esse valor não é capaz de garantir comida na mesa do povo brasileiro num momento de crise do emprego e alta da inflação dos alimentos. Nossa luta é por R$ 600 enquanto durar a pandemia”, escreveu.

Covardia

Na mesma linha de pensamento, o deputado Rubens Otoni (PT-GO) ressaltou que, além do valor reduzido do auxílio, a MP também é covarde porque deixou milhões de pessoas que receberam o auxílio em 2020 fora do atual benefício. “Covardia! Do ano passado pra cá a situação só piorou, mas Bolsonaro na MP do auxílio emergencial deixa de fora mais de 20 milhões de pessoas que receberam em 2020 e agora não terão direito. Mais ainda: cerca de 10 milhões de pessoas receberão apenas 150 reais. Um Absurdo!”, criticou.

O deputado Jorge Solla (PT-BA), observou que o objetivo do auxílio emergencial deveria ser garantir renda para que a população não precisasse sair de casa no atual momento de descontrole da pandemia, e assim tentar reduzir a propagação do coronavírus. Porém, ele lamentou que o novo benefício não garanta condições mínimas de sobrevivência as famílias mais necessitadas.

“Esse auxílio de Bolsonaro paga somente R$ 2 por dia para cada membro de uma família com dois filhos. Isso é muito, muito desumano, cruel, torpe, abominável, não há nome que comporte essa crueldade. É submeter o nosso povo à fome sem nenhuma necessidade disso”, destacou.

Veja outras declarações de parlamentares petistas sobre o novo auxílio de Bolsonaro:

Deputado Rogério Correia (PT-MG) – “Medida Provisória do auxílio emergencial tem valor miserável de R$ 250 e apenas durante 4 meses. Vai atingir 40 milhões de pessoas e custar 43 bilhões. Ano passado foram 68 milhões de beneficiados, R$ 600 e depois R$ 300 para quase o ano todo, ao custo de R$ 380 bilhões”.

Deputado Zé Neto (PT-BA) – “Auxílio emergencial chega com 4 meses de atraso, com valor bem menor, atendendo bem menos pessoas e com uma MP que podia ser editada desde dezembro de 2020. Lembrando que não há nenhum aceno para o setor produtivo. O País em guerra e o governo dando espaço para o inimigo avançar”.

Deputado Patrus Ananias (PT-MG) – “Além da queda da renda e da redução do auxílio, escalada do preço dos alimentos está muito acima da inflação. A conta não fecha: enquanto governo federal não se esforça para amenizar os efeitos da pandemia, o povo brasileiro está ficando sem ter o que comer”.

Deputada Maria do Rosário (PT-RS) – “Como olhar para os olhos de uma chefe de família e dizer que reduza a comida da mesa? Esse auxílio emergencial de Bolsonaro é maldade, só coerente com um presidente que deixa o Brasil morrer numa pandemia, tentando salvar sua pele”.

Deputado José Ricardo (PT-AM) – “Defendo: Auxílio Emergencial digno de ao menos R$ 600; auxílio as micro e pequenas empresas que mais empregam; que o governo fiscalize e cobre com rigor que as atividades que funcionam durante a pandemia respeitem as medidas de segurança sanitária”.

Deputado José Airton Cirilo (PT-CE) – “Apenas 45,6 milhões de pessoas irão receber o benefício, 22,6 milhões a menos que no ano passado. O Brasil completou um ano de pandemia da Covid-19 com recordes de casos e mortes provocados pela doença, e com a economia em frangalhos”.

Deputado Beto Faro (PT-PA) – “Novo auxílio emergencial de R$150 a R$375 proposto pelo Bolsonaro é minúsculo, diante da tragédia de mortes pela Covid-19. O PT defende R$ 600 até o fim da pandemia. Há três mês mais de 67 milhões de brasileiros estão sem receber o auxílio emergencial para ajudar no dia a dia”.

Héber Carvalho

 

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