A deputada federal Natália Bonavides (PT-RN) protocolou no STF, nessa terça-feira (29), uma notícia de fato em desfavor do presidente Jair Bolsonaro e do diretor de logística do Ministério da Saúde, Roberto Ferreira Dias, solicitando que a PGR investigue os indícios de corrupção e associação criminosa no Ministério da Saúde na compra de vacinas. Segundo denúncias veiculadas pela imprensa, o diretor de logística do órgão pedia propina para fechar o contrato de aquisição das vacinas.
“Apresentamos notícia de fato para que o governo Bolsonaro seja investigado pelo esquema de propina e rachadinha das vacinas! Que a investigação seja aberta imediatamente! Engavetar investigações com indícios tão fortes é crime de responsabilidade”, destacou Natália Bonavides.
De acordo com matéria do jornal Folha de São Paulo, publicada pela jornalista Constança Rezende, o representante da Davati Medical Supply, Luiz Paulo Dominguetti Pereira, revelou em entrevista que a Davati buscou a pasta para negociar 400 milhões de doses da vacina da AstraZeneca pelo valor de US$ 3,5 a unidade. Na ocasião, o diretor de logística do Ministério da Saúde afirmou que a contratação com o Governo Federal só ocorreria se a empresa participasse de um grupo que teria como hábito majorar o valor dos produtos ofertados ao Ministério.
As revelações corroboram os elementos indiciários já apresentados à Comissão Parlamentar de Inquérito do Senado (CPI da Covid), uma vez que o servidor do setor de Logística do Ministério da Saúde, Luis Ricardo Miranda, disse ter ouvido falar que um fornecedor de vacinas recusou a realização de um negócio após a solicitação de propina por parte do representante do Governo Federal.
Leia a íntegra da representação:
Representação_Propinas_em_aquisições_de_vacina_Assinado
Assessoria de Comunicação