Moema questiona conluio entre FHC e Globo e critica moral seletiva da direita

moema ananda borgesEm pronunciamento na Câmara, nesta quarta-feira (24), a deputada Moema Gramacho (PT-BA) questionou por que as denúncias contra o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso não são investigadas e não recebem o mesmo tratamento midiático dos episódios que envolvem o PT, o ex-presidente Lula e o governo da presidenta Dilma Rousseff. Moema também indagou por que a Rede Globo manteve a jornalista Miriam Dutra trabalhando na Europa tanto tempo, mas sem qualquer registro de trabalhos que a repórter tenha realizado.

“Por que quando a denúncia é contra FHC ela é de âmbito pessoal? Por que FHC precisou usar uma empresa, a Brasif, para fazer pagamento pessoal a sua ex-companheira à época? Será mensalão? Foi preciso usar uma empresa que prestava serviços de pesquisa nos free shops dos aeroportos brasileiros?”, perguntou Moema.

“Por que o FHC e o diretor da revista Veja fizeram um acordo para enganar sobre a paternidade do seu filho? Por que Fernando Henrique tinha tanta influência com a revista Veja naquela época? Será que continua tendo essa influência com a revista Veja? Por que a jornalista Miriam, contratada pela Rede Globo, ganhava 18 mil reais para não trabalhar? E tem mais! Ela, lá na Europa, recebia 18 mil reais para prestar serviços à Rede Globo, mas a Rede Globo nunca quis nenhuma matéria, nenhuma sugestão dela! Que poder de influência Fernando Henrique Cardoso tinha com a Globo!”, acrescentou a deputada baiana.

“Por que a Globo teria recebido — é muita coincidência! — financiamento do BNDES, com juros baixos, será que para manter a jornalista fora do Brasil? Seria isso? Também é importante perguntar quanto custou a supergráfica do jornal O Globo bancada pelo BNDES. Se fosse agora, estariam colocando que foi influência do ex-presidente Lula. Como foi com o Fernando Henrique, não vi ninguém falar sobre isso”, lembrou a parlamentar.

Segundo Moema, “tudo isso acontece” porque as investigações e os vazamentos sobre escândalos políticos são seletivos. “Se fossem denúncias contra o Lula, contra a Dilma, contra o PT, já estariam sendo investigadas. Querem execrar o PT, o Lula e a Dilma para evitar que seja dada sequência ao nosso projeto”, explicou.

Moema encerrou seu discurso atacando a moral seletiva da direita. “A oposição, que sobe aqui para criticar um barquinho de dona Marisa, não vem aqui para cobrar investigação sobre as contas da mulher do Presidente da Câmara, que estão lá na Suíça. Esses que vêm aqui para criticar o PT não vêm falar do cartel de 1 bilhão da Sabesp. Faltou água em São Paulo, mas jorrou dinheiro no cartel do Metrô”, concluiu a deputada.

Rogério Tomaz Jr.
Foto: Ananda Borges/Agência Câmara

 

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