A deputada Erika Kokay (PT-DF) se reuniu, na terça-feira (15), com a ministra da Cultura, Marta Suplicy, para intermediar a criação do Museu Afro no Distrito Federal. Representantes do Instituto de Arquitetos do Brasil (IAB), Fundação Palmares e de associações de moradores do Lago Sul também participaram da reunião.
A ministra disse que considera esta uma “ideia maravilhosa”. O objetivo é que seja um museu de alta tecnologia e de referência mundial. O Ministério da Cultura irá elaborar um concurso internacional, ainda este ano, para escolha do projeto. No entorno do museu será criado o Parque Nelson Mandela.
“Para nós, é um orgulho. Resgatar a nossa história africana, contar a história não contada, que fale da dor que foi toda a condição de vinda para cá e que resgate a autoestima do nosso povo. A influência africana é muito forte em todos nós”, afirmou a ministra.
A deputada Erika Kokay destacou a importância simbólica do museu. “Fizemos várias reuniões para impedir que aquele espaço se tornasse um espaço de shopping. Nós hoje estamos transformando aquilo que se pensou um shopping em um espaço para que a gente resgate a nossa historicidade e a nossa negritude. Para que resgatando a dor da escravidão possamos ter os elementos necessários para também superar os seus pedaços que ainda estão no nosso cotidiano”, disse.
Carlos Lombardi, da associação de moradores, lembrou que naquele espaço seria construído um shopping e “graças à intervenção de Erika, a licitação foi suspensa”. A deputada recorreu ao Ministério Público do DF, ao Tribunal de Contas do DF e ao Ministério Público de Contas do DF, à pedido dos moradores do Lago Sul, solicitando a suspensão do processo licitatório em curso, diante dos indícios de graves e irreparáveis prejuízos que a construção de um shopping center representava ao meio ambiente naquele local.
Assessoria Parlamentar
