Merlong Solano defende mudança na política econômica do governo Bolsonaro para reduzir desemprego no País

O deputado Merlong Solano (PT-PI) afirmou nesta quinta-feira (28) que somente uma mudança na atual política econômica e social do País pode fazer com que as taxas de desemprego tenham uma redução sustentável. A preocupação do parlamentar tem como base os dados da Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios) Contínua, do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), divulgados pelo site UOL, que apontam o desemprego no Brasil em 14,1% no trimestre de setembro a novembro de 2020. O percentual equivale a 14 milhões de pessoas desempregadas.

“A situação é desesperadora. Temos um contingente grande de desempregados, que poderia ser ainda maior se o número de desalentados procurasse emprego, além de termos uma quantidade enorme de pessoas na informalidade e no subemprego, ou com empregos precários, sem segurança e direitos, como é o caso dos trabalhadores de aplicativos”, lamentou. Merlong reforçou que não vê a superação desse cenário, com a atual política econômica e social adotada por esse governo.

Foto do acervo do gabinete do deputado

De acordo com o parlamentar, entre as alternativas para mudar o atual cenário o governo Bolsonaro precisaria prorrogar o pagamento do auxílio emergencial, como forma de proteger os mais vulneráveis e estimular o consumo, gerando mais empregos. Ele defendeu ainda o rompimento da atual política do teto de gastos, como forma do governo ter mais capacidade de promover o desenvolvimento econômico do País, com mais investimentos em infraestrutura e em políticas sociais.

Situação preocupante

Apesar da pesquisa ter mostrado uma estabilidade do desemprego na comparação com o trimestre anterior (junho a agosto), quando o índice atingiu 14,4%, a situação continua preocupante. Segundo a analista do IBGE, Adriana Beringuy, até o aumento no número de pessoas ocupadas no trimestre encerrado em novembro, que cresceu 4,8%, não aconteceu sobre bases sólidas.

“Essa expansão está ligada à volta das pessoas ao mercado que estavam fora por causa do isolamento social e ao aumento do processo de contratação do próprio período do ano, quando há uma tendência natural de crescimento da ocupação”, explicou.

Informalidade em alta

Segundo a reportagem do site UOL, a pesquisa mostra que a maior parte do crescimento da ocupação veio do mercado informal. O número de empregados sem carteira assinada no setor privado subiu 11,2% (mais 980 mil pessoas) em relação ao trimestre anterior (junho a agosto), chegando a 9,7 milhões de pessoas.

Emprego formal

Ainda de acordo com a pesquisa, os empregos formais (com carteira assinada) no setor privado cresceram 3,1% (895 pessoas a mais) em relação ao trimestre anterior, totalizando 30 milhões. Apesar do aumento, o número não foi suficiente para recuperar o nível de emprego pré-pandemia. Se comparado ao mesmo período de 2019, essa categoria perdeu 1,7 milhão de trabalhadores.

“Embora haja esse crescimento na ocupação nesse trimestre, quando a gente confronta a realidade de novembro de 2020 com o mercado de trabalho de novembro de 2019, as perdas na ocupação ainda são muito significativas”, afirmou Adriana Beringuy.

Desalentados

Em relação a população desalentada – que não procurou trabalho, mas gostaria de conseguir uma vaga e estava disponível – a Pnad mostrou que esse contingente manteve-se estável em relação ao trimestre anterior, chegando a 5,7 milhões de pessoas. Porém, na comparação com o mesmo trimestre de 2019, o crescimento foi de 22,9%, o equivalente a mais de 1,1 milhão de pessoas.

 

Héber Carvalho, com site UOL Economia

 

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