Foto: Ichiro Guerra
O ministro-chefe da Casa Civil, Aloizio Mercadante, em entrevista nesta segunda-feira (9), mandou um recado para aqueles que não se conformam com o resultado eleitoral de outubro de 2014. “A primeira regra do sistema democrático é reconhecer o resultado das urnas. No Brasil, só tem dois turnos, não tem três turnos. Uma eleição acaba quando alguém vence e nós vencemos”, enfatizou o ministro.
Na avaliação do ministro Mercadante, a eleição presidencial foi bastante polarizada, teve momentos de radicalização e é preciso construir uma cultura de tolerância, diálogo e respeito. “É isso que ajuda a construir uma agenda de convergência”, defendeu Mercadante.
Para o ministro, as manifestações contrárias à presidenta Dilma Rousseff – referindo-se a atos ocorridos durante pronunciamento da presidenta Dilma no domingo – fazem parte do processo democrático. No entanto, considerou, “espero que os meus filhos e netas, só venham a conhecer golpe e retrocesso pelos livros de história e que eles possam viver a democracia”.
Aloízio Mercadante disse ainda que as manifestações são resquícios da polarização das eleições e se deram em cidades e bairros onde Dilma foi derrotada.
Ajuste Fiscal – Outro tema abordado na entrevista do ministro foi a proposta de ajuste fiscal apresentado pelo governo. Mercadante foi enfático em afirmar que são medidas necessárias para aumentar os investimentos. Ele afirmou também que se o país promover o ajuste, o atual rating brasileiro será mantido pelas agências de classificação de risco. “Ajuste fiscal é agradável? Não. É que nem ir ao dentista: ninguém quer, mas tem que ir. Quanto mais rápido, melhor para o país”, comparou Mercadante.
Questionado sobre um possível plano B para aprovar o ajuste fiscal, Mercadante disse que o governo tem mantido um diálogo com o Congresso Nacional em apoio aos ajustes e, que, a maioria deles, depende do próprio governo. “Plano B? 80% do ajuste é do governo e está sendo feito. Temos tido um diálogo muito construtivo com o Congresso e, do nosso ponto de vista, conseguiremos viabilizar a aprovação das medidas”, asseverou.
Benildes Rodrigues com Agências