MEC vai criar programa “Mais Professores” para suprir carência do Nordeste e da Amazônia

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Foto: Salu Parente/PT na Câmara

O ministro da Educação, Aloizio Mercadante, anunciou nesta quarta-feira (21) a criação do programa “Mais Professores”, para reforçar a educação em municípios de baixo IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) e Ideb (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica). “Vamos, a exemplo do Mais Médico, criar incentivos para levar professores de Matemática, Física, Química e Inglês para municípios que têm dificuldades para manter educadores nestas áreas, principalmente em escolas do Nordeste e da Amazônia”, explicou o ministro.

O programa “Mais professores” está em fase de elaboração e Mercadante fez questão de explicar que sua implementação depende da aprovação do Consed – Conselho Nacional de Secretários de Educação. Ele destacou também que o professor tem que ser concursado e formado na disciplina. A intenção é já contar com esses profissionais na escola em 2014. “Queremos mais professores nas escolas, mas não vamos trazer profissionais de fora do País”, brincou o ministro, fazendo uma alusão ao programa “Mais Médicos”, que abre a possibilidade de contratar estrangeiros para trabalhar no Brasil.

“Aceitamos sugestões ainda de como isso vai ser feito, mas uma das hipóteses é levar professores aposentados, jovens, que aceitem voltar para a sala de aula”, afirmou o ministro.  Segundo Mercadante, só serão encaminhados professores se houver, de fato, esse desfalque e dificuldade de preencher as vagas. “Precisamos de uma solução para esse problema e não de uma improvisação”, completou.

Compromissos –  O  “Mais Professores” faz parte de um conjunto de compromissos que o ministério está elaborando para avançar na qualidade do Ensino Médio brasileiro, apresentados hoje, pelo ministro, em audiência pública organizada pela comissão especial da Câmara que discute propostas de reformulação do Ensino Médio. “Melhorar a qualidade  desta fase educacional é o nosso maior desafio”, admitiu o ministro, lembrando que o salto da inclusão dos jovens no Ensino Médio nos últimos anos não foi acompanhado pela melhoria da qualidade da educação.

Faz parte dos compromissos também o aperfeiçoamento da formação continuada dos docentes e gestores, com o desenvolvimento de material didático específico e a criação da Universidade do Professor – uma rede que vai concentrar todas as iniciativas voltadas para a formação docente. Pretende-se que em um mesmo portal, o professor possa acessar todos os cursos e programas disponíveis para a melhoria e atualização da sua qualificação.

Escola em tempo integral é outro compromisso do ministério para que o ensino seja melhorado. Para 2013, segundo o ministro, 5 mil escolas já estão adotando o ensino de dois turnos. No ano que vem, acrescentou, serão 10 mil centros de ensino em tempo integral. “E o mais importante é utilizar essa carga horária maior com ensino de disciplinas como matemática, física ou português. Não queremos  preencher esse tempo apenas com cultura e esporte”, argumentou.

O redesenho curricular do Ensino Médio, para que as disciplinas deste período educacional tenham uma maior integração entre si é outra ação pensada pelo ministério. “Precisamos adequar a grade curricular ao Enem – Exame Nacional de Ensino Médio, que hoje é o vestibular mais transparente do mundo. Não podemos ter mais currículos que são verdadeiras enciclopédias, as matérias precisam dialogar com o Enem que se preocupa com a matemática, com a linguagem e com as ciências exatas e humanas”, defendeu.

Faz parte ainda do compromisso com o Ensino Médio os programas: Nenhum estudante para trás; Quero ser Professor, Quero ser Cientista; aperfeiçoamento do livro didático; educação digital; educação profissional e tecnológica; e universalização do Enem.

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Vânia Rodrigues

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