Arlindo Chinaglia defendeu a criação de um grupo de trabalho para elaborar uma proposta de emenda à Constituição (PEC) revisando o processo legislativo das MPs. “Não consigo assimilar que uma comissão tome uma decisão que o plenário da Câmara e o plenário do Senado não poderão alterar. A comissão tem mais poder que o plenário”, criticou Chinaglia.
O líder do PT, Jilmar Tatto, reiterou a necessidade de se buscar uma alternativa que garanta a “prerrogativa de voto” ao parlamentar. “É preciso debater esse assunto à luz do que foi decidido pelo STF, para que os deputados possam exercer sua prerrogativa na plenitude, sem cerceamento no poder de decisão do voto da MP e das emendas. O plenário é soberano e ninguém pode representar o deputado na hora de votar”, ressaltou o líder.
Nova tramitação – Em março deste ano uma decisão do Supremo Tribunal Federal definiu que
as MPs precisam ser analisadas por uma comissão mista de deputados e senadores, como prevê a Constituição, antes de serem apreciadas pela Câmara e pelo Senado.
Gizele Benitz