Líder do PT denuncia o desespero de Bolsonaro ao apresentar “pacote de bondades” com fins eleitoreiros

Líder Reginaldo Lopes. Foto: Marina Ramos/Câmara dos Deputados

O líder do PT na Câmara, deputado Reginaldo Lopes (MG), usou a tribuna da Câmara nesta quarta-feira (29) para denunciar o desespero eleitoral do presidente Bolsonaro.  “Reconhecer que o Brasil está em Estado de Emergência — passados 4 anos desde o último processo eleitoral — é estar totalmente desconectado do mundo, da vida do povo brasileiro, do mundo real, do Brasil profundo”, afirmou. Ele se refere à proposta de emenda à Constituição (PEC 01/22), que está em apreciação no Senado, que aumenta R$ 200,00 no Auxílio Brasil, reajusta o auxílio-gás e a criação do “voucher caminhoneiro”, de R$ 1.000,00.  Para isso, os recursos para bancar o “Pacote de Bondade”, da ordem de R$ 38 bilhões, ficariam excluídos do teto de gastos, com o reconhecimento do Estado de Emergência previsto na proposta.

“Trata-se de um governo incompetente, que levou o País a uma situação de desemprego; que levou o Brasil de volta ao Mapa da Fome — 33 milhões de brasileiros —; que fez retroagir a economia brasileira ao nível em que estava há 10 anos; que destruiu a renda e o poder de compra da classe trabalhadora e do povo brasileiro; que desorganizou o programa mais reconhecido e premiado em uma centena de países no mundo, para fazer um programa provisório — o Auxílio Brasil — até dezembro, sem orçamento e sem critério de renda per capita para atender as famílias mais numerosas, que têm mais crianças. E, agora, esse governo encaminha no Senado uma proposta que propõe o reconhecimento de Estado de Emergência”, criticou.

Preço dos Combustíveis

Reginaldo Lopes afirmou que é esse mesmo governo que tenta terceirizar a culpa pela alta dos preços dos combustíveis, preços cuja responsabilidade é do próprio. “O governo Bolsonaro é o controlador majoritário da maior empresa de petróleo do País, que é a Petrobras. O governo terceirizou seus representantes do Conselho de Administração, fez um pacto com os acionistas minoritários internacionais e praticou preços exorbitantes, prejudicando toda a economia brasileira, prejudicando todas as famílias brasileiras, em especial, 78 milhões de pessoas, que hoje se encontram inadimplentes”, protestou.

O líder acusou ainda o governo Bolsonaro de prejudicar, em especial, aquela família que não tem uma casa própria para morar e enfrenta aumento do aluguel. “E o governo prejudicou também aquele trabalhador que precisa de um empréstimo consignado”, completou.

Aval para crime eleitoral

Com essa PEC, segundo Reginaldo Lopes, o governo quer que o Parlamento dê aval para “o maior crime eleitoral do País”. “Bolsonaro busca o aval para uma proposta eleitoreira que não resolverá o problema do Brasil, tentando comprar a consciência do nosso povo, porque este governo não tem capacidade de governar, e nós temos que colocar esse governo para fora”.

O líder disse, entretanto, que a Bancada do PT jamais faltará ao povo brasileiro. “Quero dizer que nós estamos preocupados, sim, em enfrentar esta crise econômica e social, fazer esta travessia, mas com um programa que seja consistente. Ter um programa consistente é gerar empregos, é fazer obras públicas, valorizar o salário mínimo, fazer programa social de transferência de renda do tamanho da necessidade do nosso povo, e não um programa provisório e eleitoreiro”, explicou.

 

Vânia Rodrigues

 

 

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