Líder do PT denuncia governo Bolsonaro como ‘tragédia nacional’

Líder Bohn Gass. Foto: Antônio Augusto/Câmara dos Deputados

O líder do PT na Câmara, Elvino Bohn Gass (RS), qualificou hoje (15) o governo de extrema direita Jair Bolsonaro como uma “verdadeira tragédia” que atingiu todo o povo brasileiro, gerando desigualdade, miséria, fome, desemprego e arrocho salarial. “Eu recomendo a quem discorda disso apenas que saia do seu gabinete, que desça do carro, que ande pelas ruas de qualquer cidade. A miséria está exposta, cruel, degradante, para quem quiser ver”, assinalou o deputado.

“Em 2021 houve o maior recuo de renda da história do trabalhador no Brasil e não se combateu a inflação. Ao contrário, a política econômica do governo aumentou a inflação”, disse Bohn Gass.  Para ele, o Brasil enfrenta hoje o “pior dos mundos: inflação com consumo menor e o povo comprando menos e pagando mais”.

“É um verdadeiro desastre”, exclamou o líder do PT, em discurso na tribuna da Câmara.” A inflação está alta, a informalidade está aumentando, e o povo ganhando menos. A situação está horrível para a população brasileira”.

Ataque ao poder de compra do salário mínimo

Ele denunciou que Bolsonaro, prestes a completar três anos no Palácio do Planalto,  “roubou o ganho real do salário mínimo” e, na prática, “reduziu a base salarial de milhões de trabalhadores e aposentados”. O resultado, complementou, é “tudo menos”. Ou seja, “menos poder de compra, menos movimento no mercado, no comércio e na indústria; menos emprego, menos economia”.

Governo da mentira

Bohn Gass destacou também que não foi só o poder de compra do salário mínimo que o governo militar reduziu, mas também os valores das aposentadorias. Ele observou que o governo também prometeu gerar “milhões de empregos” quando destruiu os direitos trabalhistas, com as reformas da CLT e da Previdência. “Qual foi o resultado? Redução da aposentadoria, redução de benefícios. Notem: o verbo é sempre reduzir”.

“Absolutamente tudo que este governo propôs visou sempre retirar, diminuir a renda do povo, aumentou a desigualdade”, disse. “Aliás, o governo não combate a desigualdade, o governo gera a desigualdade”.

O líder do PT citou dados que confirmam a tragédia social em curso no País. Informou que Bolsonaro conseguiu fazer com que o rendimento mensal médio de um trabalhador brasileiro, que era, em 2019, R$ 2.292, chegasse agora a R$ 2.213. “O trabalhador brasileiro, em média, ganha R$ 79 a menos do que ganhava 2 anos atrás”, pontuou o líder, ao lamentar a escalada da inflação e a falta de política que gere empregos e renda no País.

Bohn Gass disse a Bolsonaro e seus seguidores que “o massacre que foi feito não vai ficar impune”. Ele citou pesquisa de opinião divulgada ontem pelo instituto de pesquisas IPEC (Instituto de Pesquisas e Comunicação) que mostra aprovação do governo militar abaixo de 20%.

Lula 2022

Segundo a pesquisa, se as eleições fossem hoje, Lula teria 48% dos votos, Bolsonaro 21% Moro, 6%, Ciro Gomes, 5%, João Doria, 2%, e André Janones, 2%. No 2º cenário, o ex-presidente Lula teria 49%, Bolsonaro 22%, Moro 8%, Ciro 5% e Doria, 3%.

Com esses percentuais, 48% e 49%, Lula venceria em primeiro turno com o cálculo sendo restrito apenas aos votos válidos – sistemática usada pelas regras eleitorais brasileiras. Ele teria, então, 56,3% dos votos.

 

Redação PT na Câmara

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