A taxa média de juros cobrada pelos bancos nas suas operações com pessoas físicas teve nova redução em julho, quando registrou 44,9% ao ano. Com o novo corte, a taxa permaneceu no menor valor desde dezembro de 2007, segundo informações divulgadas nesta quarta-feira pelo Banco Central.
Para a compra de veículos, a taxa de juros cobrada pelos bancos permaneceu em 26,9% ao ano em julho, o mesmo patamar do mês anterior. A taxa registrada nos meses de junho e julho é a da série histórica do Banco Central, que começou a ser divulgada junho de 1994. Para o crédito pessoal, que inclui as modalidades voltadas diretamente para o consumidor (como crédito consignado, por exemplo) a taxa de juros de julho caiu para 44,8% ao ano e também é a mais baixa desde 1994, informou o BC.
Spread bancário – O spread bancário (diferença entre o que os bancos pagam e o que cobram pelos recursos emprestados), ficou em 26,8 pontos percentuais, o menor desde setembro do ano passado, quando ficou em 26,4 pontos percentuais. O spread bancário é composto pela taxa de inadimplência, pelo lucro dos bancos e por tributos, entre outros.
Na avaliação de deputados petistas, a queda dos juros acompanha as reduções feitas pelo BC na taxa básica (Taxa Selic), além do aumento da oferta de crédito e a atuação mais agressiva do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal. No caso dos juros básicos, a Selic iniciou 2009 em 13,75% ao ano e hoje está em 8,75% ao ano, após cinco reduções efetuadas pelo BC.
Para o deputado Devanir Ribeiro (PT-SP), os juros tendem a baixar mais, uma vez que os bancos oficiais estão reduzindo suas taxas. “Se os bancos particulares não acompanharem a redução dos juros do BB e da Caixa Econômica Federal, vão ficar realmente para trás”, afirmou.
Segundo o deputado Pedro Eugênio (PT-PE), é positivo que as taxas de juros estejam caindo na ponta (para o consumidor), mas essa queda ainda é menor do que a verificada na Selic. “O resultado apresentado pelo BC é positivo, mas é bom lembrar que os juros ainda estão num patamar muito elevado e devemos procurar mecanismos para reduzi-los mais”, disse.
Gabriela Mascarenhas com informações da Agência Globo