Foto: Roberto Stuckert Filho
O Brasil registrou redução da desigualdade de renda e social no Brasil, a partir de 2004 – segundo ano do primeiro governo Lula. Pesquisa divulgada, na última sexta-feira (20), pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) mostra que a partir de 2004 as famílias, em especial as de baixa renda, foram amplamente beneficiadas pelo aumento da renda total fomentado pela geração de empregos formais, pelo incremento dos níveis de renda individual induzido pelas políticas públicas de salário mínimo, de proteção social e de transferência de renda.
O estudo mostra ainda que foram importantes para a ampliação do poder de compra das famílias a dinâmica da inflação na década de 2000 (que tendeu a um patamar ao redor de 5% entre 2004 e 2011, permitindo a preservação do poder de compra dos rendimentos do trabalho e das políticas públicas), a valorização cambial e barateamento da importação de equipamentos domésticos e de vestuário, o comportamento razoavelmente favorável dos preços dos alimentos, e o aumento do acesso ao crédito no período. Assim, constata a pesquisa, a queda da desigualdade econômica ocorreu em um ambiente macroeconômico mais consistente.
A estatística, na opinião do deputado Zé Carlos (PT-MA), revela a nova realidade do povo brasileiro depois dos governos do PT. “Os números positivos mostram o que a grande mídia criminosa esconde ou distorce. Foi pelos resultados positivos das políticas públicas de redução da desigualdade e pela geração de emprego e renda que a população brasileira foi às urnas pedir a continuidade do governo Dilma”, afirmou.
Zé Carlos avaliou ainda que não foi o PT que derrotou o PSDB nas últimas eleições. “Foi o povo que tem se beneficiado destas políticas de valorização do salário mínimo, de universalização da educação, de acesso à universidade, de transferência de renda e de geração de emprego que foi às urnas dizer que quer a continuidade do jeito petista de governar”.
Ainda segundo Zé Carlos, era impossível antes do primeiro governo Lula as pessoas mesmo favorecidas pensarem em ver o filho se formar médico ou engenheiro, ter carteira assinada, se qualificar profissionalmente, ter casa própria, comprar um carro ou andar de avião. “Tudo isso hoje é possível porque o projeto do PT de um País mais igual saiu do papel com a nossa chegada à Presidência da República. É claro que ainda temos que avançar muito nessa redução das desigualdades sociais e de renda, e é para isso que vamos trabalhar muito”, acrescentou.
Rendimento – Segundo a pesquisa do Ipea, os níveis de rendimentos dos 10% de famílias de maior renda evoluiu abaixo do crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) durante o período 2001-2011 e o rendimento dos 50% de famílias de menor renda apresentou ganhos mais expressivos que os observados para o PIB, enquanto o nível de rendimento médio acompanhou o incremento do produto.
O estudo mostra ainda que a queda da desigualdade esteve associada à expansão do consumo das famílias, que, desde 2004, têm se mantido em um patamar ao redor de 60% do PIB.
Geração de emprego – O estudo mostra a importância do mercado de trabalho para a redução da desigualdade de renda corrente, e aponta que avanços mais expressivos na redução da desigualdade social dependerão da capacidade de o País estabelecer uma dinâmica sustentada e distributiva do investimento. É grande a expectativa quanto à continuidade da queda da desigualdade em todas as suas formas, em especial à desigualdade no acesso a renda e a direitos.
Vânia Rodrigues, com agências