Incompetência de Bolsonaro provoca o caos econômico e social, denuncia Gleisi Hoffmann

Deputada Gleisi Hoffmann. Foto: Paulo Sergio/Câmara dos Deputados

A presidenta Nacional do PT, deputada Gleisi Hoffmann (PR), criticou hoje (22) duramente o governo Bolsonaro pela incompetência que tem aprofundado a cada dia a crise econômica e  social no País. “É triste ver a situação da maioria do povo brasileiro, que tem sido perseguido por um governo que não tem competência, não tem preparo e não tem condições de administrar o País”, afirmou ela.

Do ponto de vista social, a situação dramática fica evidente com a volta da fome ao País, com 33 milhões de pessoas passando fome diariamente, pontuou a deputada. “E um estudo do IBGE revelou que, em 2021, 106 milhões de pessoas viveram com cerca de R$ 415 por mês, ou seja, à beira também de ter restrição alimentar, de passar fome. É triste isso”, lamentou Gleisi.

Na área econômica, ela citou o caos provocado por Bolsonaro, a começar pela incompetência e descaso com a Petrobras, que nos três anos e meio de mandato do ex-capitão continou a praticar a política de dolarização dos preços iniciada no governo golpista Michel Temer, em 2016.

Tudo caro, culpa do Bolsonaro

“A renda cai, o desemprego aumenta e a carestia voltou ao Brasil”, disse a presidenta do PT. “Temos uma inflação que não consegue ser controlada porque é uma inflação causada pelo que nós chamamos de ‘preços administrados’, que são os preços definidos pelo Governo, como é o caso da energia elétrica e dos combustíveis”.

Ou seja, disse Gleisi, o governo Bolsonaro gera problemas para o País, como o do preço dos combustíveis, e não consegue resolver, num “círculo vicioso que está prejudicando o nosso povo”. A deputada citou reportagem recente do jornal O Globo, com entrevistados que não são do campo da esquerda, a qual mostra que o Brasil, com o atual governo, regrediu cerca de 30 anos nos indicadores econômicos e sociais.

Para Gleisi, a situação atual é “uma tragédia”. Ela disse que eventos como pandemia de Covid-19 e a guerra na Ucrânia têm reflexos na situação, mas não da ordem que Bolsonaro afirma, com sua contumaz prática de responsabilizar terceiros por sua “incompetência, incapacidade e má-fé”.

A deputada afirmou que “governante que gosta do seu povo e quer o desenvolvimento do seu país teria enfrentado os problemas diferentemente” da forma com que agiu o governo militar comandado pelo ex-capitão. Segundo ela, Bolsonaro “não está preocupado com o povo”, mas consigo mesmo e “com os filhos dele, com o que ele acha que é importante para a sua família”.

Dolarização antinacional

A presidenta do PT frisou que o preço dos combustíveis no Brasil é a parte mais reveladora da incompetência de Bolsonaro. Ela observou que a empresa é controlada pelo governo, que indica a maior parte dos integrantes do Conselho de Administração, mas mesmo assim o ex-capitão “briga com a estatal “e a criminaliza, como se ele não tivesse nada com a situação. E Gleisi observou que a política de paridade foi aprovada pelo conselho de acionistas, portanto, como o governo é maioria, “tem condições de mudar isso”.

Ela criticou a proposta de CPI da Petrobras defendida pelo capitão presidente. Para Gleisi, trata-se de uma “cortina de fumaça”, já que Bolsonaro “não tem coragem de enfrentar o mercado e nem os acionistas”, a maior parte estrangeiros.

“Esse é um governo que está de joelhos para o andar de cima da sociedade brasileira. Só faz para os ricos. Não faz para os pobres. Então, não governa o Brasil. Aí fica inventando uma bobageira de CPI, aí fica inventando de tirar imposto dos estados, fica inventando negócio de dar vale, vale-gás, vale-caminhoneiro! Isso é ridículo! É humilhante para o povo brasileiro”, disse a parlamentar.

“Ele quer criar uma narrativa política para justificar os crimes que comete contra a economia popular e poder disputar a eleição. Porque ele sabe que não vai ganhar essa eleição! Cada dia ele está pior. Então, ele quer ter argumento político. Como ele teria de resolver o problema e não resolve, ele diz que a culpa é a Petrobras”, acrescentou Gleisi Hoffmann.

Benefícios a acionistas estrangeiros da Petrobras

Ela recordou que à época dos governos Lula e Dilma (2003 até o golpe de 2016), a gasolina e o diesel produzidos no Brasil tinham o custo em real, sendo computados os custos em moeda nacional na composição dos valores. “Isso ajudava a manter o preço mais baixo e a ter equilíbrio”, explicou. Agora, com a dolarização, até a gasolina produzida no país sofre a taxação na moeda dos Estados Unidos, numa prática, segundo Gleisi, para favorecer os acionistas privados, a maioria estrangeiros.

“Então, a Petrobras, em vez de ser uma geradora de riqueza para o País, de energia, de petróleo ou de gasolina, passou a ser uma geradora de lucros e dividendos para os seus acionistas”, lamentou a presidenta do PT.

Gleisi defendeu mudança na Lei das Estatais, aprovada à época do golpista Michel Temer. Segundo ela, a mudança operada por Temer criminalizou a política. Um dos artigos da lei impede, por exemplo, a nomeação de qualquer pessoa que tenha participado de eleição nos últimos quatros para o cargo de diretor da Petrobras ou de qualquer estatal. “Não pode ser político nem líder de partido, como se ser político fosse crime. E nós sabemos como funciona. Quem pratica crime, quem vem para cima é a iniciativa privada”, disse a presidenta do PT.

Além disso, observou, a lei engessa tanto que não pode haver nenhuma decisão que contrarie os interesses econômicos da empresa e dos seus acionistas.

“Não fala nada de interesse social, como se uma estatal fosse meramente uma empresa privada. A Petrobras foi construída com o sangue e o suor do povo brasileiro. Ali há dinheiro público, há dinheiro de imposto. Ali há investimento de Estado. Então, nós concordamos em mudar a Lei das Estatais”, afirmou Gleisi.

 

Redação PT na Câmara

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