Glenn: “A cada mentira, publicaremos a prova de que Moro está mentindo”

O jornalista do Intercept Brasil Glenn Greenwald divulgou na noite de sexta (14) novos trechos de conversas entre Sérgio Moro e procuradores de Curitiba que provam conluio em ações penais da Lava Jato, incluindo o caso tríplex. Após as novas revelações, Glenn respondeu a Moro no Twitter: “Como eu disse antes, Sérgio Moro deveria parar de mentir quando tenta se defender, porque nós temos as evidências e os fatos.”

“A cada mentira – como ele fez hoje no Estadão – nós publicaremos a prova de que ele está mentindo, como acabamos de fazer em resposta à entrevista”, disparou o jornalista.

Na manhã de sexta, o Estadão publicou entrevista exclusiva com Moro, na qual o hoje ministro da Justiça tenta naturalizar suas conversas com os procuradores. Apesar disso, o ex-juiz que condenou Lula se recusou a admitir o teor das mensagens vazadas, e escondeu-se atrás de um suposto ataque hacker para fazer provocações ao Intercept.

Além de defender que o site divulgue todas as conversas de uma vez, Moro quer que o dossiê seja entregue para uma “autoridade independe” para fazer uma perícia.

Glenn escreveu aos seus seguidores: “Moro mentiu em sua entrevista ao Estado hoje, afirmando que só tinha conversas banais e ‘comuns’ com os promotores, negando que já tivesse participado de sua estratégia. Essas provam que ele fez exatamente isso – fingindo ser um juiz neutro enquanto comandava a promotoria.”

“Enquanto julgava o processo criminal contra Lula, Moro secretamente zombava da defesa em conversas secretas com os promotores. Pior, ele estava dirigindo sua campanha pública contra o mesmo réu que ele estava julgando – exatamente que ele sempre negou que ele fez.”

O Intercept mostrou, em sua sexta reportagens sobre a Vaza Jato, que Moro enviou uma mensagem a Carlos Fernando dos Santos Lima na noite do dia em que Lula foi a Curitiba prestar depoimento sobre o apartamento no Guarujá.

Depois de pedir a opinião do procurador da Lava Jato sobre o confronto com o ex-presidente, Moro sugeriu que o Ministério Público deveria produzir uma nota evidenciando o que chamou de “contradições” de Lula durante a oitiva.

Santos Lima encaminhou a “demanda” para Deltan Dallagnol e para a assessoria do MP. Dallagnol, no dia seguinte, procurou Moro no aplicativo para justificar a demora.

“Talvez o mais significativo e embaraçoso de tudo: Moro comandou efetivamente o processo contra Lula enquanto fingia ser um juiz ‘neutro’, condenando-o. Seu papel de chefe da força-tarefa era tão claro que Deltan se desculpou quando adiou a obediência às ordens de Moro.”

 

Por GGN

 

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