Especialista diz que medidas que ampliam volume do crédito devem reduzir juros em financiamentos

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As medidas anunciadas pelo governo na última semana poderão ter impacto positivo na redução dos juros do crédito ao consumidor. Esta é a avaliação do especialista José Luiz Pagnussat, economista e professor de Política Econômica da Escola Nacional de Administração Pública (Enap). “O conjunto de medidas que foi anunciado tem o intuito exatamente de reduzir o custo do financiamento, ou seja, reduzir os juros ao consumidor e facilitar o acesso ao crédito”, explica Pagnussat.

Ele lembrou que o Banco Central voltou a liberar volume maior de recursos dos bancos, que ficavam retidos o próprio Banco Central, os chamados depósitos compulsórios, que agora poderão ser direcionados ao crédito para consumidores. “O objetivo aí é mais crédito com redução de juros ao consumidor. Com isso, os consumidores poderão comprar mais a prazo, com o objetivo final de reativar a economia”, acrescentou o economista.

Outras medidas que darão maior segurança aos bancos, como o novo título lançado na semana passada. A Letra Imobiliária Garantida é lastrada no patrimônio da própria instituição financeira que a emite. Desta forma, o banco emissor entra com seu próprio patrimônio como garantia. Além disso, os títulos têm vantagem da isenção de Imposto de Renda. Com mais garantias e menos custos, os bancos também poderão reduzir o valor dos juros cobrados ao consumidor.

“O governo está criando alternativas de financiamento, que poderão ser uma opção para os consumidores, de uma maneira geral. Em especial os endividados, que poderão trocar suas dívidas – no cartão de crédito, no cheque especial, e mesmo nos chamados financiamento ao consumidor para a compra de bens duráveis, como automóveis, geladeira, fogão, que hoje têm juros altos – por financiamentos com juros mais baixos”, explicou.

Para o professor Pagnussat, as medidas do governo significam, desta forma, uma flexibilização dos financiamentos, no sentido de possibilitar a substituição de empréstimos caros por outros mais baratos. E, ao mesmo tempo, uma redução de custo e de riscos dos bancos, para que eles sejam estimulados a aumentar o número de linhas de financiamento com juros mais baixos.

*José Luiz Pagnussat é Coordenador da Comissão de Política Econômica do Conselho Regional de Economia do DF; ex-presidente do Conselho Federal de Economia; ex-professor da UnB e UCB; atualmente professor da ENAP e da UDF.

Blog do Planalto

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